Além de beneficiar instituições que atendem famílias em vulnerabilidade alimentar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma parceria entre o Ministério da Cidadania e a Prefeitura de Boa Vista, também teve outra função nobre: contribuir para que os agricultores familiares pudessem melhorar a renda familiar com a venda do que é produzido em suas propriedades.
Lançado em janeiro deste ano, o PAA é coordenado e executado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI) e envolveu em sua estrutura cerca de 80 agricultores familiares, que foram beneficiados com a compra dos alimentos pela prefeitura.
O recurso total disponibilizado pelo Ministério da Cidadania foi de R$ 400 mil para o ano de 2019 e a modalidade utilizada foi a de doação simultânea. Ao todo, foram entregues 190,9 toneladas de alimentos, que beneficiaram 1.931 famílias em situação de dificuldade alimentar.
Foram entregues semanalmente para 11 entidades cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) em um período de seis meses, alimentos como frutas, verduras e legumes, todos os itens sendo um complemento saudável para a alimentação. Para Elieuda Lopes da Silva, produtoras de hortaliças no bairro Operário, o programa veio em uma excelente hora.
“O PAA para mim como produtora foi muito bom, pois foi um dinheiro que eu não esperava. Época de verão, em que temos muita hortaliça e precisamos vender, foi vendida para o programa, plantamos mais e vendemos tudo. Então foi muito bom e vai ser melhor ainda pois terá o próximo e nós estamos esperando, plantando mais para vender mais”, completou.
O adjunto da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Carneiro Adjuto enfatizou que o programa cumpriu com excelência tudo o que foi estimado para esse primeiro semestre, obtendo um resultado muito positivo.
“Nós atendemos cerca de 80 produtores, que conseguiram ter mercadoria para entregar nesse período. Podemos dar um destaque aos produtos com mais saída como melancia, melão, couve, cheiro verde, alface e batata doce que hoje já é proveniente do Polo da Batata Doce, produzido no Nova Amazônia I”, disse.
Ele destacou ainda que já está em trâmite com o Ministério da Cidadania, uma nova repactuação para o programa. “É bem possível que tenhamos boas notícias nos próximos dias, com o aumento do recurso para o segundo semestre e da quantidade de instituições e agricultores atendidos”, concluiu.
