Justiça mantém preso médico que agrediu e tentou estrangular própria esposa em Boa Vista

Suspeito de feminicídio, neurocirurgião Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Guilherme Versuani Gusmão Fonseca durante audiência de custódia.

A Justiça manteve nesta segunda-feira (28) a prisão médico neurocirurgião Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos, flagrado agredindo a esposa, uma fisioterapeuta, de 34 anos, em Boa Vista. A prisão preventiva dele foi decretada pelo juiz Guilherme Versuani Gusmão Fonseca, em audiência de Custódia.

O neurocirurgião foi preso pela Polícia Militar na madrugada de sábado (27) As agressões ocorreram quando o casal chegou em casa, após passar a noite fora. Na delegacia, ele foi atuado por tentativa de feminicídio.

Procurado, o advogado do médico informou que, no momento, a defesa não vai comentar o assunto.

Ao manter a prisão, juiz disse que “a imputação feita ao flagranteado é grave, face aos seus elementos e às suas circunstâncias, conforme as declarações tomadas em sede policial, pelo que a manutenção da segregação é medida que se impõe, para fins de conveniência à instrução processual”.

O magistrado também acrescentou que a medida de manter o neurocirurgião preso era uma medida necessária, “com vistas a garantia da ordem pública para evitar que esta espécie de fato se repita, a gerar um aumento de temor e risco de violência contra a vítima”, e também para “resguardar a integridade física e psicológica da vítima”.

À PM, a vítima contou que o marido teve uma crise de ciúmes e começou a agredi-la fisicamente quando eles chegaram em casa. Ela afirmou que ele chegou ao ponto de tentar estrangulá-la, e que o suspeito chegou a arrastá-la e só cessou as agressões quando vizinhos escutaram os gritos e a abrigaram.

Entenda

As agressões ocorrem na madrugada de sábado, no bairro Caçari, zona Leste de Boa Vista. A PM foi acionada por volta de 5h40. No local, prenderam o médico.

Na delegacia, a vítima contou à delegada que saiu com o marido, foram a um bar e depois retornaram para casa. Ela afirmou que as agressões ocorreram na frente dos filhos e, por temer pela própria vida, pediu medidas protetivas para ela e as crianças.

Além disso, a vítima entregou à Polícia Civil vídeos que registraram as agressões. Ela disse ainda que o médico não faz tratamento psiquiátrico, não tem depressão e nem toma remédio controlado.

Já o médico alegou, em depoimento, que só se lembrava de ter saído para jantar com a esposa, ter ido a uma boate, depois um bar, onde, antes de entrar tomou um remédio. Depois disso, segundo ele, não se lembrava mais de nada, só de estar sendo conduzido pela Polícia Militar para a delegacia.

Fabrício prestou depoimento acompanhado de advogados. A delegada informou à Justiça o relato da vítima e solicitou medida protetiva para ela.