Adjalma Gonçalves acusa senador Mecias de Jesus de perseguição

Adjalma Gonçalves acusa senador Mecias de Jesus de perseguição
Vereador Adjalma Gonçalves na tribuna da Câmara Municipal – Foto: Ian Vitor Freitas/Roraima em Tempo

Durante a sessão plenária da Câmara Municipal de Boa Vista, na manhã desta terça-feira (27), o vereador Adjalma Gonçalves alegou ser vítima de perseguição pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos).

Adjalma foi reconduzido ao cargo na última quinta-feira (23) após ter sido afastado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR). O Republicanos havia solicitado a medida sob a alegação de infidelidade partidária.

Em sua primera sessão após o retorno à Casa, o parlamentar agradeceu os colegas e apoiadores. Em seguida, contou em detalhes o porquê tem sido perseguido pelo presidente do Republicanos em Roraima, senador Mecias de Jesus.

Apoiadores do vereador Adjalma Gonçalves – Foto: Ian Vitor Freitas/Roraima em Tempo

O vereador explicou que em 2018 fez parte da equipe de campanha de Mecias que, à época, concorria a uma vaga o Senado Federal. Adjalma afirmou ainda que após o período eleitoral, o senador o indicou para um cargo na Companhia de Água e Esgotos (Caer).

“Evidentemente, todo mundo sabe que a Caer não é o órgão do senador Mecias de Jesus. Porém, eu fui indicado sim por ele. Não só eu, como outros integrantes daquela equipe que fez parte de sua coordenação de campanha”, destacou.

Eleições 2020

No entanto, em 2020, o veredor pediu afastamento da estatal para concorrer nas eleições daquele ano pelo Republicanos. Dessa forma, com 2.047 votos, ele ficou classificado como 1º suplente. Posteriormente, Adjalma voltou trabalhar na Caer.

“Eu quero dizer hoje que após a eleição de vereador, em nenhum momento a municipal ou a regional do Republicanos procurou os vereadores e os suplentes para para tratar do futuro do partido dos seus filiados. Mas mesmo assim eu permaneci [no partido]”, disse.

Já em 2022, ele pretendeu se candidatar a deputado estadual. Quando soube da informação, Mecias de Jesus o chamou para uma reunião. Na ocasião, Adjalma afirmou ao senador que ainda não havia decidido se participaria da eleição.

“E assim nós continuamos a conversar e ele disse que eu poderia procurar um partido e sair, porque lá não tinha vaga mais para mim e que não me cabia mais ali no seu grupo. E depois de muita conversa, eu perguntei para ele: ‘senador, a gente não pode ter uma segunda conversa?’ ele respondeu da seguinte forma: ‘sempre é bom uma segunda conversa’”, detalhou.

O vereador retornou ao escritório de Mecias, onde encontrou o então deputado federal Jhonatan de Jesus.

“Eu abordei ele [Jhonatan] e conversei com ele. E falei com ele que, sim, eu tinha pretensões [de se candidatar], mas ainda não tinha decidido. E ele disse para mim que não tinha muito o que conversar comigo e que, naquele momento, a gente já não estava mais com ele”, contou.

Adjalma enfatizou que logo depois que saiu do local, recebeu uma ligação do recursos humanos da Caer, momento em que soube de sua exoneração.

“Mas mesmo assim, eu quero aqui, senhor presidente, dizer que permaneci no partido Republicanos. Eu não sai ainda. Mesmo depois de ter sido exonerado dia 10 de janeiro, eu permaneci”, salientou.

Fonte: Da Redação