Pacientes denunciam dificuldades para marcação de consultas no Centro de Referência da Saúde da Mulher

Pacientes denunciam dificuldades para marcação de consultas no Centro de Referência da Saúde da Mulher
Foto: Arquivo Pessoal

Pacientes que dependem dos serviços do Centro de Referência de Saúde da Mulher, de responsabilidade do Governo de Roraima, denunciaram à reportagem nesta quinta-feira (14), as dificuldades para marcar consultas e cirurgias no local.

Conforme o relato de Andrezza Barros, que é mãe de um bebê de apenas seis meses, e que foi até o Centro, recebeu a informação que não havia sistema para marcação de consulta para a criança. “Fui na segunda-feira. E terça-feira, fui para marcar com a pediatra o retorno, e a informação é que só a partir da semana que vem”, explicou.

Além disso, a irmã de Deuziane de Souza, também relatou o mesmo problema. A mulher está grávida de quatro meses e a gestação é de risco, por isso, recebeu o encaminhamento para o Centro. Ela mora no município do Cantá, interior de Roraima.

“Ela veio de carona e chegando lá [no centro], está sem sistema há vários dias. Quando perguntei dela se haviam dado uma data de retorno, ela me disse que apenas comunicaram que estavam arrumando, mas arrumando o quê? Ela está há três dias com dores. É um pedido de ajuda, pois isso não é de hoje”, disse Deuziane.

Mais transtornos aos pacientes

Do mesmo modo, a esposa de Francilvan da Silva, passou pela mesma situação. É que ela precisa de uma cirurgia para retirada do útero. Francilvan chegou cedo no Centro.

“Cheguei por voltas das 6h15, fiquei na fila, me deram a senha e aguardei. Vi a movimentação de gente saindo e a mesma senhora que me deu a ficha, a pediu de volta e disse que estava sem sistema e não havia previsão de volta. Então, que a gente viesse embora para casa, pois tinha três dias que estava naquela situação e que estavam tentando contato com a Sesau para enviarem uma equipe”, explicou.

Essa não é a primeira vez que o Centro tem problemas com o sistema. Em janeiro, por exemplo, uma mulher de 39 anos com gravidez de risco de gêmeos, denunciou à reportagem da Rádio 93 FM, que não havia sistema. Ela ficou das 6h30 até 9h30 tentando o agendamento de consulta e só depois recebeu a informação que não havia sistema.

Citado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde (Sesau). Por meio de nota, disse que o sistema será substituído por um novo, com novas ferramentas tecnológicas. E que enquanto não ocorre a conclusão total da substituição e transferência de dados, o agendamento de consultas dos pacientes e procedimentos ocorre de forma manual.

Fonte: Rádio 93 FM