No dia 25/03, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou a população de São Paulo para uma manifestação com foco em questões relacionadas a Israel. Na semana anterior, o presidente Lula havia feito comparações controversas envolvendo o primeiro-ministro de Israel, o que gerou reações diversas. Bolsonaro, percebendo uma oportunidade política, utilizou essa situação para mobilizar apoio durante a manifestação, que também contou com o suporte do governador Tarcísio e do prefeito Nunes e de suas máquinas governamentais.
No entanto, uma manifestação subsequente no Rio de Janeiro não alcançou o mesmo nível de adesão, apesar de abordar temas considerados significativos pelos organizadores, como censura. Bolsonaro, em aliança com Elon Musk, criticou decisões do STF, que eles classificaram como censura. No entanto, essas decisões judiciais visavam combater a disseminação de informações falsas nas redes sociais de fato.
Eduardo Bolsonaro, em colaboração com um congressista dos EUA, divulgou detalhes de processos que estavam sob sigilo judicial, permitindo que o público avaliasse o conteúdo das ações. Essa revelação mostrou que as decisões visavam remover conteúdo falso da internet.
A trajetória do bolsonarismo é complexa. Inicialmente, surgiu como um movimento que expressava o descontentamento de parte da população com a corrupção. Com o tempo, porém, surgiram acusações de corrupção também contra membros da sua família e contra ele mesmo, o que levou a uma reavaliação por parte de seus apoiadores. Apesar de ainda existir resistência ao presidente Lula, a percepção sobre Bolsonaro como um líder anticorrupção mudou significativamente.
Com Lula adotando uma postura menos confrontativa, as manifestações a favor de Bolsonaro tendem a diminuir em frequência e tamanho. A imagem de Bolsonaro como um líder conservador e defensor da liberdade também foi afetada e seguirá sendo a medida que investigações de corrupção avançar a trazer provas contundentes.
