Senador não vai preso, mas você, cabo eleitoral, vai.

Ontem, o senador Mecias de Jesus foi abordado pela Polícia Federal e, segundo informações que circularam em todas as redes sociais, havia muito dinheiro, dinheiro este que, segundo internautas, era para compra de votos na eleição de Alto Alegre.

Na eleição de 2022, o dinheiro circulou livremente. Dizem que até em viaturas. A questão é que, naquela época, o ministro da Justiça, do Bolsonaro, Alexandre Torres, trabalhava para atrapalhar o trabalho da Polícia Federal. Mas hoje, o cenário é outro.

Não foi muito difícil deter um Senador da República, que não chegou a ser preso, pois goza da tal prerrogativa de foro, a imunidade parlamentar, que nosso povo brincalhão chama de “impunidade parlamentar”, porque pode fazer o que quiser que nunca dá em nada.

Mas é aí que mora o perigo. Você, meu amigo(a) cabo eleitoral, que não tem legenda, que só tem um cargo em comissão, que não é senador nem presidente da câmara dos vereadores, você, amigo(a), você vai cair fácil, fácil.

Então, se você tem um familiar que é cabo eleitoral daqueles que fazem B.U nos dias que antecedem a eleição, vá à casa dele bem antes da eleição, faça uma festinha, dê uns abraços, pois nunca se sabe se ele será um dos que acabará na prisão em breve. Pergunte a ele se fuma, se gosta de doces para levar no dia da visita.

Preparem-se, pois com os cruzamentos de dados do COAF identificando a rota do dinheiro, as abordagens da Polícia Federal vão se tornar corriqueiras e, repetindo, nem sempre haverá na caravana um senador da república.

Vamos assistir de camarote esses que garantem a permanência no poder de políticos inescrupulosos sendo presos e pagando um pouco pelos bebês mortos nessa maternidade de lona, por cidadãos que não são atendidos ou morreram no HGR e em outros pseudo hospitais do estado, além da falta de futuro das escolas do governo, da falta de segurança e de tudo mais que perdemos graças a essa máquina de corrupção eleitoral que assola o estado.