A Gestão Financeira Comprometida de Roraima: O Preço da Permanência no Poder do Denarium

Crise financeira sem solução

A gestão financeira de um estado é crucial para garantir o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida de sua população. No entanto, quando essa gestão é comprometida por práticas ilícitas, como a compra de votos, as consequências podem ser devastadoras. Este é o caso do estado de Roraima, que enfrenta uma crise financeira severa e a cassação do governador Antonio Denarium pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) em três ocasiões devido a irregularidades nas eleições de 2022.

Em setembro de 2023, o Governo de Roraima, sob a liderança de Antonio Denarium e seus apoiadores, enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2024, prevendo um déficit de R$ 400,2 milhões. A receita estimada foi de R$ 7,148 bilhões, enquanto as despesas foram fixadas em R$ 7,548 bilhões. A Secretaria de Planejamento e Orçamento de Roraima (Seplan) destacou que a receita estimada é uma previsão que pode ser superada, mas a realidade financeira do estado sugere um cenário mais pessimista.

A situação se agravou ainda mais em maio de 2024, quando um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que Roraima deve terminar o ano com um déficit de R$ 1,2 bilhão, colocando o estado na 9ª posição entre os mais endividados do país. A especialista em estudos econômicos da Firjan, Nayara Freire, apontou que a rigidez orçamentária é um problema estrutural comum aos estados brasileiros, com quase 50% do orçamento destinado a despesas obrigatórias, como pessoal e juros da dívida.

A gestão financeira comprometida pela compra de votos nas eleições de 2022, liderada por Antonio Denarium e seus apoiadores, teve um impacto direto nas finanças do estado. A cassação do governador pelo TRE-RR não apenas desestabilizou o cenário político, mas também minou a confiança dos investidores e da população na administração pública. A contratação de um empréstimo de mais de R$ 800 milhões, a serem pagos nos próximos anos, é um exemplo claro das medidas desesperadas adotadas pelo governo para tentar equilibrar as contas públicas.

No entanto, a liberação do empréstimo de R$ 800 milhões pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) não garante a obtenção dos recursos. A situação se complica ainda mais com a necessidade do Governo Federal de destinar R$ 51 bilhões para lidar com a catástrofe climática no Rio Grande do Sul. Em suma, não há disponibilidade de recursos para um governador sem credibilidade, tanto por ter sido cassado três vezes quanto pela inexistência de recursos para emprestar por parte do governo federal.

O impacto no orçamento do estado é significativo. Com um déficit crescente, Roraima enfrenta dificuldades para investir em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. A escassez de recursos limita a capacidade do governo de implementar políticas públicas eficazes e de promover o desenvolvimento econômico. Além disso, a dívida crescente aumenta a pressão sobre as finanças do estado, comprometendo ainda mais a capacidade de pagamento e a sustentabilidade fiscal.

A situação de Roraima é um alerta para a importância de uma gestão financeira responsável e transparente. A compra de votos e outras práticas ilícitas, lideradas por Antonio Denarium e seus apoiadores, não apenas corroem a democracia, mas também têm consequências econômicas graves que afetam diretamente a população. É fundamental que os governantes priorizem a ética e a responsabilidade fiscal para garantir um futuro próspero e sustentável para o estado.

Em conclusão, a gestão financeira comprometida pela compra de votos nas eleições de 2022, sob a liderança de Antonio Denarium e seus apoiadores, teve um impacto devastador nas finanças do estado de Roraima. O déficit crescente e a dívida elevada limitam a capacidade do governo de investir em áreas essenciais e comprometem a sustentabilidade fiscal.

A única alternativa neste momento é a urgente remoção de Antonio Denarium do poder, seja pela via da justiça eleitoral ou pela cassação via impeachment. Denarium ainda conta com uma base forte de deputados estaduais que são igualmente responsáveis e devem responder aos seus eleitores pela crise econômica que ajudam a manter.