Investigação sobre propinas no STJ pode acelerar cassação de Denarium

Vamos demonstrar que não é necessário haver uma relação direta entre Denarium e as supostas propinas para que a investigação leve à cassação de Denarium no TSE rapidamente.

Desde que o governador de Roraima, Antonio Denarium, começou a ser processado, ainda no TRE-RR, não houve cidadão no estado que não tenha ouvido falar que Denarium jamais seria cassado, pois compraria tudo e todos para evitar a cassação.

O que realmente aconteceu até aqui neste processo não sabemos. O que sabemos é que, pela coragem de membros do TRE-RR, nosso governador foi cassado três vezes. Sabemos também que o processo ficou travado no TSE.

Agora, uma investigação da PF e do COAF sobre assessores de ministros do STJ, inclusive sobre a relatora do processo de cassação de Denarium no TSE, ministra Isabel Galotti, revela transações financeiras suspeitas.

Não temos acesso a mais informações, mas podemos concluir que, mesmo que essas transações sejam apenas de compra de bombons, o simples fato de haver uma investigação em curso significa que os supostos “homens da mala” de Denarium não serão mais recebidos por assessores de ministros do Judiciário.

E não porque estes assessores queiram esconder algo, mas porque quem seria louco de manter contato com pessoas que carregam supostas malas de propina por aí com a PF no encalço?

Não é necessário encontrar nenhuma prova concreta; a investigação em si é suficiente para concluir o processo de cassação de Denarium. Afinal, quem segurar o processo será alvo de suspeitas, e um parecer favorável ao governador também poderá ser visto como indício de relação com propina.