Quais vacinas o Brasil tem e quais podem chegar?

Governo prevê mais de 400 milhões de doses, mas ainda é preciso, em alguns casos, concluir acordos e garantir aprovação da Anvisa (Foto: Reuters)

Os postos de vacinação no Brasil ainda não viram suas geladeiras abastecidas com a compra de vacinas de novos fornecedores, embora nesta quarta-feira (3), o governo federal tenha sinalizado com novos acordos com farmacêuticas. Até que contratos sejam assinados ou entregas sejam efetuadas, a CoronaVac e a Covishield (vacina de Oxford/AstraZeneca) são as únicas possibilidades concretas do Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Mas, se as previsões do governo se concretizarem, os próximos meses devem ser marcados pela diversificação dos fornecedores e mais doses.

Veja abaixo o resumo da situação atual e as perspectivas:

  1. CoronaVac (Sinovac/Butantan): responde por 73,9% das doses já aplicadas (mais de 5,8 milhões de pessoas) e Covishield (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz) por 26,1% das doses (mais de 2 milhões de pessoas)
  2. Fiocruz ainda não está entregando doses da Covishield;instituto prevê protagonismo em abril com entrega de 30 milhões de doses
  3. Pfizer e Janssen: governo decidiu fazer a compra; expectativa é por 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen
  4. Sputnik V: governo prevê 400 mil doses em março, mas ainda não há aval da Anvisa para o uso
  5. Covaxin: governo diz ter assinado compra de 20 milhões de doses; empresa divulgou eficácia de 80% em estudo preliminar
  6. Covax: Brasil aguarda, ainda em março, a chegada de primeira entrega das doses compradas em consórcio organizado pela OMS
  7. Total de doses: considerando tanto as “compras futuras” quanto as “intenções”, Brasil prevê 454.911.800 doses (dado do governo não contabiliza as possíveis doses da Pfizer e Janssen)

Status da vacinação

A vacinação no Brasil começou no dia 18 de janeiro. De lá para cá, mais de 7 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose das vacinas CoronaVac ou Oxford, segundo números da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), do Ministério da Saúde.

  • 73,9% receberam a CoronaVac
  • 26,1% receberam a vacina de Oxford

Até agora, mais de 17 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram entregues aos governos estaduais, segundo o Ministério da Saúde. A previsão, segundo cronograma atualizado em 28 de fevereiro, é de comprar mais de 414 milhões de doses até janeiro de 2022.

As possíveis vacinas para o Brasil

No dia 28 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou uma atualização do cronograma de entregas e quantidades previstas das vacinas contra o coronavírus. Na lista, constam as vacinas:

  • CoronaVac (Butantan)
  • Covishield (Oxford/Fiocruz)
  • Covaxin
  • Sputnik V
  • Pfizer/BioNTech
  • Janssen (Johnson)
  • Moderna
  • Covax Facility – iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Apenas três imunizantes da lista foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As vacinas CoronaVac e Oxford foram liberadas para o uso emergencial no país. Já a Pfizer/BioNTech obteve o registro sanitário definitivo.

Previsões de doses a partir de março

O cronograma é dividido por doses contratadas, negociações “em tratativas” e “possibilidades”. Oxford/Fiocruz, CoronaVac/Butantan, Covax Facility e Covaxin/Precisa Medicamentos aparecem como doses confirmadas; Sputnik V e Moderna estão “em tratativas”; Pfizer/BioNTech e Johnson são sinalizadas como “possibilidades” no documento.

De acordo com o Ministério da Saúde, o total contratado até 31 de janeiro de 2022, junto com “compras futuras”, é de 414.911.800 doses. Se somar as “intenções”, esse número sobe para 454.911.800 doses. O governo não contabilizou as possíveis doses da Pfizer e Johnson.

“A partir desta semana, já há uma estabilização da produção nacional, pelo Butantan e pela Fiocruz. Vamos ter entregas em quantidades muito boas. É o tempo de vacinar e chegar mais vacinas”, afirmou, em nota, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Informações: G1