Conjunto do Servidor completa um ano sem atenção do Governo do Estado

O parque aquático do Conjunto do Servidor, no bairro Jóquei Clube, passou de área de lazer para alvo de reclamação dos moradores desde que foi ocupado por imigrantes, há cerca de um ano. Desde então, o local é mais um espaço público abandonado pelos gestores do Estado, que acabou se tornando um abrigo improvisado em Boa Vista.

Os moradores, que enfrentam as consequências da ocupação há meses, denunciam a ausência do poder público responsável pela área. As principais reclamações permanecem sendo a falta de atendimento aos migrantes, de fiscalização de segurança na região, risco de saúde, manutenção do patrimônio público, roubo de energia e atentado ao pudor.

Um servidor público que mora há mais de 25 anos na região contou que, anteriormente, os imigrantes viviam em um terreno baldio localizado atrás de uma escola do bairro. “Como era perto de um dos abrigos da Acolhida, havia um centro controle de entrada e saída, bem como do que acontecia no lugar”, explicou.

No parque aquático dentro do Clube do Servidor, entretanto, a realidade é bem diferente. Conforme a denúncia, não há fiscalização, ou controle, por parte do Governo e das entidades envolvidas na questão migratória. Dessa forma, os imigrantes passaram a ocupar toda a área do parque, chegando a montar acampamentos improvisados. “Virou uma espécie de favela”, disse uma moradora.

ENERGIA – Além da falta de controle e fiscalização em relação à ocupação, outra reclamação dos moradores é o uso irregular de energia elétrica que gera sobrecarga, principalmente, na Quadra 12 do conjunto.

Segundo um morador da localidade, constantemente o transformador emite um barulho similar a de um estouro e, em seguida, há queda de energia. “Quase toda noite, entre 21h30 e 22h, a Roraima Energia precisa ser acionada para resolver a pane, mas não resolve a situação por completo”, falou.

População cobra por atenção desde 2019

Em fevereiro do ano passado, a situação foi alvo de reclamação dos moradores. Na época, o Governo do Estado informou que iria encaminhar uma comissão para avaliar a situação no local e os processos envolvendo obras na região. O parque chegou a receber um projeto de reforma, que iniciou em 2013 e parou em 2018.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria de Gestão e Administração (Segad), pasta responsável pela administração do antigo Parque Aquático do Conjunto do Servidor, informa que vai enviar uma equipe técnica ao local para averiguar a situação e adotar as medidas cabíveis.