“Temos que tratar Governo Federal com carinho”, diz Telmário

O senador Telmário Mota (Pros), em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 15, fez um balanço do primeiro ano de gestão de Bolsonaro e da sua relação com Roraima. Segundo ele, os representantes de Roraima podem manter o trabalho em apoio ao presidente e, ao mesmo tempo, cobrar as demandas do Estado.

Telmário que vem cobrando do presidente algumas questões do Estado que, segundo ele, não avançaram mesmo com a mudança de gestão, como a questão de recursos extras para migração, a distribuição de energia elétrica e transposição dos servidores do ex-território para União.

No entanto, o parlamentar ressalta que a cobrança não pode ser feita de forma exigente, mas com cuidado, pelo benefício da população do Estado. Em especial, com relação às medidas que não dependem de recurso, mas da vontade do Governo Federal, como o assentimento prévio para acelerar a questão da regularização fundiária.

A avaliação do parlamentar é que se necessita de dedicação da bancada para obter os benefícios para o Estado, também, por conta da representação de Roraima no Poder Legislativo em Brasília.

“Lamentavelmente, o nosso sistema ainda tem essa característica. Nós somos 513 deputados e 81 senadores ao todo. Se os três senadores de Roraima se rebelarem e não votarem mais com o Governo, não vai mudar muito no quadro geral. Então nós temos que estar pedindo mesmo, implorando”, diz.

O mesmo acontece na Câmara dos Deputados, afirma Telmário. “Se os oito deputados federais se rebelarem contra o Governo, vai só fazer barulho. O nosso jeito é com carinho, temos que ter carinho com o Governo Federal. Nós somos um menino que tem que chorar mais alto para ser atendido pelo pai, que é o Governo Federal”, declarou.

Apesar da avaliação, o parlamentar frisou que o apoio aos projetos do Executivo podem ser mantidos, contanto que não haja prejuízo a Roraima. “Tenho votado todos os projetos do presidente, ainda com a esperança de que ele possa compensar o nosso Estado. Votei votos a favor do presidente que nem o filho dele votou. Mas isso não significa que eu tenho que ser subserviente”, declarou. “Podemos fazer de forma independente, mas de forma harmônica”, acrescentou.

Informações: Folha de Boa Vista