Com uma superestrutura montada para atender pacientes com covid-19, o Hospital de Campanha do Exército Brasileiro depende do poder público para poder funcionar. A construção do Hospital é uma parceria do Exército, da Prefeitura de Boa Vista e do Governo do Estado, que é o único que ainda não cumpriu com as obrigações, impossibilitando a abertura do local para começar a receber pacientes.
Com 80 leitos, sendo três de UTI com equipamentos respiradores específicos para pacientes com a Covid-19 e podendo expandir para até 1200 leitos, o hospital deveria ter sido lançado em março. O Governo anunciou outras duas datas de inauguração, mas alega que isso não aconteceu porque “ainda faltam ajustes finais”, que seriam equipamentos e profissionais de saúde.
Enquanto isso, o Hospital Geral de Roraima continua recebendo os pacientes com Covid-19, tendo apenas 10 leitos de UTI disponíveis para os infectados. A ampliação de leitos e salas de cirurgia é esperado pelos roraimenses há quase dez anos. Há seis anos, o prédio do anexo da unidade aguarda ser inaugurado, porém falhas na construção impossibilitam isso.
Em contrapartida, a Prefeitura de Boa contratou 111 técnicos de enfermagem e cedeu diversos aparelhos ao hospital de campanha, como macas, respiradores, leitos, camas, suportes de medicamentos, cilindros, biombos, colchões, entre outros. Além disso, o município executa obras de infraestrutura, pavimentação, terraplanagem e iluminação no local.
Vale lembrar que Roraima já registra 304 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde. Três pessoas já morreram, vítimas da doença e ainda há outros 56 casos suspeitos. Porém, apesar disso, o Governo afirma que a situação está sob controle.
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