Jucá combate fake news que o relaciona à empresa de energia em Roraima

Ex-senador foi responsável pelos recursos (foto: Assessoria)
Político solicitou ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa investigação sobre denúncias envolvendo o setor (foto: Assessoria)

Romero Jucá (MDB) quer colocar um ponto final nas fake news que o relacionam à empresa Roraima Energia. Este mês, ele encaminhou ofício ao Ministério Público Estadual e à Assembleia Legislativa solicitando providências no sentido de apurar a denúncia de adulteração dos medidores de energia.

O pedido busca ainda investigar denúncias que atribuem a ele participação no controle da empresa, bem como sejam denunciados e punidos os responsáveis pela divulgação e incitação da população com as notícias falsas.

A iniciativa contribuiu para que a Assembleia implementasse a CPI da Energia, presidida pela deputada Betânia Almeida (PV). O pedido de Jucá também foi endereçado à própria Roraima Energia que, em documento oficial, atestou que “não possui ligação com o ex-senador ou com qualquer outro político, tanto no aspecto de controle empresarial quanto na gestão da empresa”.

A resposta da concessionária foi registrada em Cartório e será utilizada em ações judiciais movidas por Jucá em relação a qualquer veículo de comunicação ou pessoa física que insistir em afirmar que ele possui ligação com a Roraima Energia.

Nessa terça (29), o ex-senador gravou um vídeo onde esclarece a questão. Segundo Jucá, o objetivo sempre foi contribuir com o desenvolvimento do Estado e evitar que Roraima ficasse no escuro.

“Durante toda a campanha fui vítima de ataques mentirosos, dizendo que eu era dono da Roraima Energia. Não tenho nada a ver com essa empresa. O que fiz foi trabalhar e cobrar do governo federal que viessem motores gerar energia aqui, porque se não nós estaríamos no escuro. A Venezuela pifou e se não fossem esses equipamentos, estaríamos sofrendo hoje”, disse.

As termoelétricas começaram a ser implantas em Roraima em 2014. O objetivo era atender à exigência do projeto de interligação de Tucuruí, que determina a instalação de sistemas auxiliares em Estado considerados fim de linha, como Roraima, além de tornar o Estado independente da transmissão da Venezuela até a conclusão do linhão.

Desde fevereiro de 2019, são as termoelétricas que fornecem 100% da energia de Roraima. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), após a crise que afetou a Venezuela, quando o país vizinho ficou por mais de três dias no escuro.

Ano passado, Roraima registrou 85 apagões dos quais 72 foram decorrentes de falhas na Venezuela, um número recorde segundo a Aneel. A maioria entre os meses de julho e agosto, coincidindo com o período da campanha eleitoral.

Em setembro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) autorizou a ampliação de 29 megawhats na geração da Usina de Monte Cristo para garantir a continuidade do fornecimento de energia para os consumidores roraimenses.

Além disso, das nove empresas habilitadas no Leilão de Eficiência Energética, pelo menos quatro irão produzir energia através da geração térmica, com uso de óleo diesel ou com biomassa, derivada de insumos menos poluentes como o óleo de palma e bloquetes de madeira proveniente dos resíduos das indústrias madeireiras de Roraima.

“O governo Bolsonaro também vai colocar mais equipamentos aqui, portanto, eu não sou dono antes e não sou dono agora. Quem é o dono agora dessas empresas que vão colocar mais termoelétricas aqui? Então, o que inventaram sobre mim, é uma grande mentira. Mas, estou muito tranquilo e quero que vocês repassem essas informações porque essas mentiras me atingem. Estou pagando uma conta que não tem nada a ver comigo”, concluiu.

Informações: Roraima em Tempo