Gestante internada no HGR espera por transferência há 10 dias

Segundo a denúncia, a paciente aguarda ser transferida novamente para a maternidade, pois o HGR não teria condições de atender gestantes (foto: Ascom/Sesau)

Uma paciente de 23 anos, que está com 7 meses de gestação, estava internada no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), mas foi transferida para o HGR (Hospital Geral de Roraima) após testar positivo para o Covid-19. Segundo o marido da paciente, o HGR não possui médicos especializados para atender gestantes.

A informação foi repassada pelo esposo da paciente através de uma denunciante, que relata que ela foi levada da maternidade, mesmo com a unidade oferecendo uma ala destinada para pacientes com o coronavírus.

“Não deram nenhuma explicação, nem deveriam ter transferido ela para o HGR, pois a unidade não tem médicos para atender gestantes. Aguardamos há 10 dias que ela seja transferida novamente para a maternidade, mas só recebemos promessas”, relata o denunciante.

Além disso, o esposo da paciente alega que a gestante e o bebe correm risco de vida por uma suposta negligência cometida pelo sistema de saúde do estado.

“Minha esposa e meu filho correm risco de vida, pois nenhum profissional de saúde está fazendo exames de rotina nela que está gestante. Eu e toda a família estamos com medo de acontecer o pior, pois segundo uma médica que nos atendeu, ela e o bebe estão correndo risco de vida”, explica.

O denunciante também informou que a gestante precisou fazer o uso de um medicamento, mas que o HGR não estava disponibilizando no momento.

“Não somente minha esposa precisou de paracetamol, mas como outros pacientes do HGR e a unidade não tinha. Eu, com meus recursos tive que comprar”, diz.

Outro lado – A Secretaria de Saúde informa que a paciente Aline Conceição Pinto foi transferida, após a indicação médica na Maternidade, para monitoramento pela equipe multiprofissional do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), uma vez que não apresenta alteração na gestação, mas sim a necessidade de acompanhamento devido ao quadro de COVID-19, uma vez que o HGR é a unidade referência para o atendimento de casos graves.

A Sesau esclarece que a paciente está sendo assistida, sendo medicada e acompanhada por uma equipe com diversos especialistas, e que além, disso há obstetras que dão suporte ao HGR e que podem ser acionados, se houver necessidade.

Informações: Folha de Boa Vista