

Afastada do governo de Roraima nesta segunda-feira (10), Suely Campos (PP) disse que o estado enfrenta crise sem precedentes e que espera que o interventor Antonio Denarium (PSL) tome medidas que recuperem as contas públicas.
“O que está acontecendo no estado é uma crise sem precedentes, porque nós vivemos ainda dependendo dos salários dos servidores, que circulam na economia de forma muito forte”, declarou Suely ao entregar o cargo, de forma simbólica, ao interventor em reunião no Palácio Senador Hélio Campos, sede do governo.
Sem pagar salários desde setembro, o estado enfrenta greve geral de servidores, o que se desdobrou em crise na segurança com quartéis da Polícia Militar fechados por mulheres de militares, paralisação de agentes penitenciários, e delegacias de Polícia Civil fechadas.
“A partir de agora, o governador disse que vai diminuir a máquina, isso é importante. Eu não pude fazer porque sou daqui, de Roraima, a pressão pelo emprego, pela subsistência das pessoas é muito grande”, disse Suely.
Ao se afastar do cargo, Suely também atribuiu o colapso financeiro do estado à crise migratória, dívidas do estado com a União e do valor do duodécimo dos poderes.
“Primeiramente nos temos todos os dados, todos os encaminhamentos de que o estado estava difícil financeiramente. Ao assumir o governo nos já tínhamos identificado isso. Visto que já tínhamos herdado uma dívida de R$ 22 milhões todo mês. Os gastos a mais com o fluxo migratório da Venezuela veio adiantar ainda mais isso, somatizando com aumento do duodécimo dos poderes também é uma razão para o estado ficar numa situação difícil”, afirmou.
Nas eleições de 2018, ela tentou se reeleger, mas foi derrotada antes do segundo turno, que foi disputado por José de Anchieta (PSDB) e Antonio Denarium, que venceu com 53,34% dos válidos.
Informações: G1 – Roraima