Mais de três mil venezuelanos estão desabrigados em Boa Vista e Pacaraima, diz site

A Plataforma R4V (Resposta a Venezuelanos) divulgou na última semana dados referentes ao fluxo migratório de venezuelanos no país. De acordo com a plataforma, aproximadamente 3,9 mil migrantes e refugiados estavam desabrigados no mês de agosto em Boa Vista e Pacaraima, fronteira com a Venezuela.

Os números mostram que desse total, 3,5 mil estariam vivendo nas ruas e prédios abandonados de Boa Vista. Já em Pacaraima, apenas 10% da população migrante ou refugiada estaria desabrigada, ou 386 pessoas.

Do total registrado em Boa Vista, 36% são adultos do sexo masculino; mulheres adultas 28%, enquanto menores de 18 anos somam 35% dos refugiados desabrigados.

Estima-se que 63% desses desabrigados estejam vivendo em ocupações distribuídas em vários bairros da capital roraimense. Desse percentual, 27% estariam vivendo na rodoviária e 9,5% em situação de rua.

Em relação ao total notificado no município de Pacaraima, a maioria também é representada por adultos do sexo masculino (cerca de 55%). Mulheres adultas são 29% e 18 anos representam apenas 15%.

METODOLOGIA

A contagem dos desabrigados é realizada em dois momentos: primeiro durante a noite, quando as pessoas são identificadas dormindo em espaços públicos abertos, e contabilizadas a partir da observação de locais previamente identificados com mais de dez pessoas; o segundo momento durante o dia em edifícios e estruturas públicas ou privadas abandonas ou ocupadas espontaneamente.

PLATAFORMA R4V

A Plataforma R4V foi lançada no dia 10 de setembro e disponibiliza números de todos os países afetados pelo fluxo de mais de quatro milhões de estrangeiros que deixaram a Venezuela até junho de 2019.

No site é possível acessar documentos, relatórios de monitoramento, fichas informativas e notas de orientação sobre o contexto brasileiro, além de ter acesso às notícias mais recentes da ONU Brasil.

Os dados utilizados pela Plataforma são validados e fornecidos pelo Governo Federal e por ONGs parceiras com o objetivo de fortalecer a Operação Acolhida e a reposta humanitária integrada pelo Governo, ONU e a sociedade civil.

Informações – Roraima Em Tempo – Foto: Edinaldo Morais