Parque do Rio Branco toma forma e muda região central de Boa Vista

O mais arrojado ponto turístico de Boa Vista já toma forma no Caetano Filho, região Central da cidade. A obra já está na etapa final, que inclui urbanização e construção do mirante, espelhos d’água e marina.

O projeto que está mudando o Caetano Filho, o Beiral, iniciou em abril de 2018, já passou pelas fases de retirada das famílias mediante indenização, terraplanagem e drenagem – com elevação da avenida Sebastião Diniz e canalização do igarapé Caxangá. Essas intervenções vão garantir que as inundações provocadas pelo aumento do nível do rio Branco não afetem o local.

Mesmo ainda em construção, o Parque deixa um legado e trouxe benefícios, como para as pessoas que viviam no local e sofriam com problemas de alagamento no período do inverno.

Melhorias também para os moradores que vivem ao redor e que terão os imóveis valorizados e uma área com estrutura completa para viver, garantindo qualidade de vida a todos.

Região era uma das mais problemáticas de Boa Vista durante o período chuvoso. — Foto: Divulgação/SEMUC

“Aquela era uma das áreas mais alagadiças de Boa Vista. No inverno, muita gente ficava desalojada. Além disso, era uma das áreas com mais alto índice de tráfico de drogas e prostituição”” relembrou a prefeita Teresa Surita.

“Mais que a construção de um ponto turístico, que será o melhor da cidade e ainda vai gerar renda, proporcionamos melhor qualidade de vida para aqueles que viviam ali, pois com a indenização, os antigos moradores puderam mudar para locais mais apropriados”, completou.

A indenização paga pela Prefeitura de Boa Vista possibilitou que muitas famílias pudessem ter uma vida nova, com qualidade em locais mais seguros.
A autônoma Jane Fernandes Ribeiro, que vivia no local, ao lado dos filhos. — Foto: Prefeitura de Boa Vista/Divulgação

Ao todo, 352 famílias foram retiradas e indenizadas e puderam buscar melhores condições de moradia, fazendo com que não houvesse mais registro de desabrigados ou desalojados na região.

“Sempre passamos pela situação de alagamento, tínhamos que sair do bairro. Cheguei a perder documentos, móveis, tinha que jogar tudo fora porque danificava tudo. Todo inverno rigoroso que eu passava pela enchente, tinha que reconstruir minhas coisas, o pouco que tinha, trabalhando sozinha, porque sou só com meus filhos”, contou a autônoma Jane Fernandes Ribeiro, que vivia no local.

Entenda as fases da obra do Parque do Rio Branco

1ª Intervenção

Diagnóstico e mapeamento da área: identificação das casas e famílias, cadastramento das famílias, pagamento de indenizações, desapropriações, realocação e monitoramento das famílias, demolição das construções existentes.

2ª Intervenção

Plano de intervenção ambiental: canalização do igarapé Caxangá, elevação da avenida Sebastião Diniz, terraplenagem e macrodrenagem do terreno.

3ª Intervenção

Revitalização e urbanização: construção do mirante, do espelho d’água, da marina, plantio de 107 árvores – equivalente a dez campos de futebol.