Embora não se viva um clima intenso de campanha, como de outros tempos, com comícios e grandes concentrações, por conta da pandemia do Coronavírus, o horário eleitoral gratuito principalmente na TV é que está elevando a pulsação em torno da disputa pela Prefeitura de Boa Vista.
A polarização, antes alinhada a um candidato forte do Governo e outro de uma outra corrente partidária ou de alianças consolidadas, não está sendo testemunhada na eleição deste ano.
Há sim um fenômeno transversal em que todos os demais candidatos tentam demolir a eleição do candidato Arthur Henrique, escolhido pela prefeita Teresa Surita (PMD), ela que agrega um valor político imenso na campanha de seu vice.
O que vemos é uma espécie de movimento coletivo, uma batalha paralela de ‘todos contra Teresa’, como na campanha de 2016, uma espécie união forçada onde seus adversários buscam em seus nichos eleitorais e em alianças muitas vezes espúrias, a força para garantir lugar em um eventual segundo turno, onde as esperanças de vitória seriam renovadas.
Alguns candidatos estão nesse front de batalha como simples figurantes, e outros até escravizados pela ansiedade de ganhar notoriedade política ou auferir algum ganho financeiro.
O certo é que os adversários de Teresa enfrentam uma liderança proeminente e boa de voto, bem avaliada administrativamente e amparada em campanhas eleitorais bem sucedidas que a transformaram em um fenômeno de voto jamais visto nas últimas décadas em Roraima.
Diante do que parece ser um golias eleitoral, os adversários de Teresa estão investindo no discurso otimista de que é possível derrotá-la, ou apelando para o denuncismo, um recurso que remete ao desespero.
Só para recordar, na última eleição em que Teresa se sagrou vitoriosa, em 2016, ela obteve 121.148 votos (79,39%) do total de votos válidos, levando a Prefeitura no 1º turno. Desta vez ela não é a candidata, mas está transferindo para o vice o percentual de votos necessário para levá-lo ao Palácio 9 de Julho.
Informações: Blog do Perônico