Que fim levou a CPI da Saúde?

Escândalos não param ser noticiados, como a situação de Chico Rodrigues e Telmário Mota, mas a CPI continua em silêncio (Foto: Supcom/ALERR)

Criada sob forte expectativa, a CPI da Saúde até hoje não apresentou resultados efetivos à população. Fontes indicam que quanto mais cavam os contratos, mais corrupção flui com tantos precedentes. A questão é que já tem mais de um ano que os deputados analisam os contratos milionários da secretaria, engatando durante a pandemia, revirando os processos, mas nenhum relatório final foi apresentado. Os escândalos não param ser noticiados, como a situação de Chico Rodrigues e Telmário Mota, mas a CPI permanece em silêncio.

COBRANÇA

Estaria a CPI abafando as fraudes em nome do bom pacto firmado entre a Assembleia Legislativa e o Governo de Roraima? É notório que nem mesmo a aliança de Denarium com Shéridan, que afastou a possibilidade de apoio a Ottaci, candidato de Jalser, foi suficiente para estremecer a base de apoio na Casa ao empresário governador. Inclusive, ele anda aprovando os projetos que deseja, como o garimpo no estado. Uma pauta extremamente delicada, que deveria reunir opiniões de diversas instituições, foi aprovada em tempo recorde. Por que então os relatórios da CPI da Saúde ainda não foram entregues?

OUTRA

Outra CPI que está engavetada é a da Energia. A deputada Betânia Almeida prometeu rios de soluções, mas efetivamente não cumpriu com nada. Não há movimentação no que diz ao conluio que ela afirmou existir no setor energético de Roraima. A viagem a Brasília, os discursos não passaram da Assembleia para fora. A comissão precisa agir também e apresentar medidas eficazes das quais se comprometeu. Se existe alguma novidade, ela está sendo escondida debaixo das negociações vergonhadas que alguns deputados têm feito. Quem não se lembra dos discursos autoritários de Betânia? Pelo visto não vamos ver outros tão cedo.

RECORREU

O deputado Nilton Sindpol recorreu da decisão que não afastou Jalser Renier da presidência da Assembleia Legislativa. Segundo o deputado, a recondução para o quarto mandato afronta a Constituição e, por isso, exige nova eleição para preenchimento do cargo de presidente da Mesa Diretora. Nilton não conseguiu a liminar que queria, e agora recorreu. Contudo, nesta sexta-feira (22), o desembargador Cristóvão Suter declarou incompetência para julgar o pedido e passou a reponsabilidade à desembargadora Elaine Bianchi. Não há data para que o julgamento seja feito. Vamos aguardar!

ANIVERSÁRIO

Aliás, ontem foi o aniversário de Jalser Renier. O político recebeu homenagens de diversos amigos e políticos, incluindo o governador Antonio Denarium, que dedicou “determinação e saúde, para continuar trabalhando por Roraima”. Os dois estão juntos trabalhando pelo estado. Basta lembrar que a Saúde Estadual teve Marcelo Lopes indicado por Jalser Renier. O próprio agradeceu o presidente do Parlamento durante a posse. Ele também fez qustão de frisar que foi indicado pelo presidente da Assembleia, quando discutiu a proposta de pagar profissionais de saúde por produção e não mais por plantão. A organização social que querem colocar para gerir essa terceirização de mão de obra teria vínculos com eles?

PROPOSTA

Falando em Marcelo Lopes, Denarium e Jalser, eles precisam resolver esse imbróglio que criaram com os técnicos em enfermagem, que não estão satisfeitos com a proposta de Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Terça-feira da próxima semana terá um desdobramento na votação da proposta no auditório da enfermagem na Universidade Federal de Roraima (UFRR). Não são descartados protestos para pressionar a secretaria. As categorias da enfermagem cobram esses benefícios há anos, mas os técnicos vão ser prejudicados.

BENEFÍCIOS

Mas Denarium é expert em tirar benefícios de servidores. Quem não se lembra de que no fim do ano passado ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o PCCR dos servidores efetivos da Universidade Estadual de Roraima (UERR)? Agora, ele disse que vai apresentar um novo projeto. Quando? Vai mesmo? Por que ele tirou o benefício se tinha interesse em manter? Por que não desistiu da ação no STF? Se ele gosta tanto de servidor público, por que não pede desistência das ações contra a Femarh, Iact e Iteraima. É muita hipocrisia!

Informações: Roraima em Tempo