Teresa cobra que governo entregue obra de anexo do HGR – “Enquanto isso, a populção sofre”.

A ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, que deixou a chefia do Executivo Municipal com mais de 93% de aprovação, utilizou as redes sociais nesta quinta-feira, 4, para cobrar que o Governo do Estado finalize as obras do anexo do Hospital Geral de Roraima que está em construção há 10 anos.

“Hoje, o que mais aflige as famílias em Roraima, é o medo de precisar se internar no HGR. Lá é o sinônimo do descaso, da desumanidade, do sofrimento e da angústia. Faz 10 anos (uma década) que o Hospital Geral de Roraima está em reforma. Preciso me posicionar em relação a isso, pois amigos, conhecidos e muitas pessoas têm perdido a vida qdo precisam do HGR”, escreveu Teresa.

Teresa ainda falou sobre o número de mortes registrado em Roraima, que ultrapassou todas as previsões. “São quase 1.200 mortes nesta pandemia, em nossas previsões mais sombrias, não esperávamos chegar a um número tão grande de óbitos. Quanta coisa seria diferente se tivéssemos um hospital com número de leitos adequados, equipamentos, medicamentos, funcionários valorizados com estrutura de trabalho, respeitando a vida”.

“É revoltante constatar que a saúde não é priorizada e ouvimos discursos mentirosos que “está tudo bem” enquanto as mortes continuam acontecendo todos os dias em números jamais vistos. Estou revoltada e indignada com está situação do desamparo daqueles que precisam e encontram como resposta está “cada dia melhor”. Fica aqui minha reflexão e indignação sobre essa situação desumana de descaso com a saúde que chegamos hoje”, finalizou Teresa.

Denarium prometeu entregar prédio em setembro de 2020

As obras do anexo do HGR começaram há 10 anos, na gestão do ex-governador José de Anchieta e, desde então, a estrutura que nunca foi entregue já sofre com o desgaste do tempo e a empresa já recebeu diversos aditivos. O governador Antônio Denarium chegou a afirmar que seriam necessários, além dos R$ 33 milhões iniciais, mais R$ 20 milhões dos cofres do Estado para concluir a obra.

Em janeiro de 2020, o governador Antônio Denarium prometeu que entregaria a obra em setembro do mesmo ano. Com seis meses de atraso, hoje os pacientes sofrem empilhados nos corredores do HGR, sem leitos clínicos, sem leitos de UTI, com os leitos semi-intensivos todos ocupados há vários dias.

Também há registro de falta de medicamentos, equipamentos e profissionais cansados do descaso e desrespeitados após acusação do secretário de Saúde, Marcelo Lopes, de que medicamentos estariam sendo furtados pelos próprios servidores, mesmo sem apresentar provas.