A área indígena Yanomami vem sendo ocupada por mais de 20 mil pessoas que exercem atividades econômicas ilegais e que, assim, contribuem para a disseminação do coronavírus, o que pode resultar no genocídio da população local. A denúncia foi realizada em entrevista ao Vivo ao Agenda da Semana.
De acordo com Ivo Cipio Aureliano, membro da Comissão Especial de Defesa dos Direitos Dos Povos Indígenas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já existe um acompanhamento às comunidades indígenas desde quando o presidente Jair Bolsonaro apresentou o desejo de regulamentar a extração mineral em áreas indígenas.
“Em 2020, foi apresentado o projeto de lei que busca regulamentar o garimpo, mesmo sendo uma lei inconstitucional, que não trata dos direitos dos povos indígenas, e estamos preparados a questionar esse direito, o direito a terra e o direito mais sagrado que é a vida. E a expectativa é que o Supremo trate essa ação como inconstituicional” explicou.
Para Aureliano, a lei viola a Constituição Federal. “Viola o texto da nossa lei maior, e o Supremo precisa se manifestar, a água que nós consumimos vem de onde? Vem dos rios, eles precisam ser preservados, e é necessário criar uma operação efetiva de combate a exploração mineral em Roraima. ” reforçou.
Nós temos a informação que mais de vinte e mil garimpeiros estão atuando dentro da área indígena Yanomami. “São números das lideranças Yanomami, pessoas que estão circulando e explorando ilegalmente, e trazendo malefícios a região. Enfrentamos também o problema, que garimpeiros estão financiando indígenas para atuar e estão sendo usados e escravisados com argumentos rasos de que os indígenas poderiam ter um sustento, mas esses donos de grandes equipamentos estão lucrando em cima de comunidades” relatou.
Informações: FolhaBV