Justiça Eleitoral condena Chico Mozart à prisão e perda de mandato por corrupção

Denúncia do Ministério Público Eleitoral aponta que o deputado estadual Chico Mozart (sem partido), ofereceu desconto na mensalidade à alunos de uma faculdade particular, que ele era sócio, durante às eleições de 2014 (Foto: Supcom/ALERR)

A Justiça Eleitoral de Roraima condenou nessa segunda-feira (17), o deputado estadual Chico Mozart (sem partido) à cinco anos de prisão, multa e perda do mandado pelo crime de corrupção eleitoral.

A decisão da juíza da 1ª Zona Eleitoral, Daniella Schirato, também determina que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime semiaberto. A sentença ainda cabe recurso.

Conforme o Ministério Público Eleitoral (MPE), que apresentou a denúncia, a investigação apontou que, durante as eleições de 2014, Mozart era sócio de uma faculdade particular da capital e prometeu vantagem aos alunos em troca de votos e apoio na campanha para deputado estadual.

Durante a campanha, segundo o MPE, Mozart ofereceu descontos de 50% para os universitários em reuniões políticas, além de bolsas de estudos de até 100%, caso fosse eleito.

Na decisão, a juíza declarou que pela “análise de todo o conjunto probatório dos autos, não se pode negar a prática do crime de corrupção eleitoral pelo réu por, pelo menos, cinco vezes”.

Para o MPE, o deputado não só teve a finalidade de obter apoio político dos eleitores, como também de angariar seus votos mediante vantagem com descontos em mensalidades, o que caracteriza crime de corrupção eleitoral.

Chico Mozart foi reeleito deputado estadual por Roraima em 2018 com 3.777 votos.

Informações: G1 Roraima