Há sete meses à espera de uma consulta de avaliação, a diarista Sara Cristina, de 41 anos, precisou interromper os serviços depois de o quadro de pedra na vesícula piorar. A denunciante relatou o caso nesta quinta-feira (10).
Os sintomas apareceram antes da pandemia. Desde então, ela busca no Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento para lidar com a doença. Sara disse que os atendimentos iniciais foram feitos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), mas, devido à gravidade do caso, ela foi encaminhada para a Clínica Especializada Coronel Mota.
“Fui ao médico e ele passou dois exames: endoscopia e ultrassom do abdômen, mas não consegui fazer a endoscopia porque era muito cara e não estava disponível no SUS. Fiz a ultrassom que acusou pedra na vesícula. O médico viu os exames e me encaminhou para uma consulta com o cirurgião no Coronel Mota, mas nunca fui consultada”, lamentou.
A diarista aguarda pelo atendimento desde 29 de outubro de 2020, época em que o caso foi repassado da UBS para a Clínica Especializada. “Não tem vaga para uma consulta com o cirurgião. É ele que avalia minha situação. Eu ligo e eles dizem que não tem vaga. Agora depende do Coronel Mota”, denunciou.
Com os sintomas agravados, há duas semanas ela precisou parar os trabalhos como diarista. A mulher teme que a doença causa outros problemas de saúde, já que ela observou piora na digestão e tem crises recorrentes de dor na vesícula.
“Na época, minha ficha foi classificada como amarela [urgência], mas já se passou tanto tempo que os sintomas pioraram. Constantemente tenho crises de dores, o que eu não tinha antes. Precisei parar os serviços de faxina porque não consigo trabalhar devido às dores”, desabafou.
CITADA
Até o encerramento desta matéria, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) não justificou a demora no atendimento a Sara.
Informações: Roraima em Tempo