O Governo Antônio Denarium patinou, infelizmente, durante sua gestão na saúde de Roraima. Não conseguiu concluir o anexo do HGR, não diminuiu a fila de espera por cirurgias eletivas e não acabou com a corrupção prometida em discursos de campanha.
E, já em fim de carreira, Denarium anuncia nesta sexta-feira, 4, o 10º administrador da SESAU. Sai Leocádio Vasconcelos e volta Cecília Lorenzon, que já passou pela pasta e saiu fritada por deputados, vereadores e senadores.
A SESAU foi e continuará sendo gerida, durante o governo de Denarium, por políticos que indicam apadrinhados e empresas para prestar serviços e receber grandes fortunas de recursos públicos. Chico Rodrigues, Jefersson Alves, Telmário Mota, Mecias de Jesus, Jalser Renier, todos são ou investigados ou suspeitos de interferirem em contratos e na gestão da SESAU.
A verdade é que Denarium não teve pulso para indicar um secretário sem ligação com nenhum político de carreira. Hoje, infelizmente, ainda continua morrendo gente nos hospitais estaduais por falta de médicos, remédios e equipamentos. Esta semana, uma família entrou em luto porque um paciente, com parada cardiorrespiratória, morreu em um hospital de responsabilidade do Governo porque não havia médico para prestar socorro. Isso é inaceitável, porque dinheiro tem, Denarium sabe bem o que falta.
Durante o mandato de Denarium, a Sesau teve praticamente um secretário a cada quatro meses. Não houve tempo hábil para nenhum secretário implementar um modelo de gestão eficiente. Nesse tempo médio de permanência de secretário na Sesau não dá sequer para se iniciar e concluir um processo licitatório. Ou seja, tudo isso porque Denarium abriu as portas do Governo e loteou secretarias, principalmente a saúde.
Alguns poucos secretários até tentaram barrar interferências políticas envolvendo pagamentos e nomeações em cargos em comissão, mas o governador não suportou as pressões e precisou ceder aos caprichos. Denairum chegou a entregar a SESAU ao ex-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), Jalser Renier, cujo histórico dispensa comentários.
Por fim, triste é a realidade do povo que depende das unidades de saúde estaduais.
Da redação.