Nívia Silva Ribeiro, mãe do aluno Tito Gabriel Ribeiro Mendes, de 11 anos, denunciou à reportagem sobre a falta de professor auxiliar no Colégio Militar Estadual Derly Luiz Vieira Borges. O jovem é diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia.
Conforme Nívia, o laudo do filho indica que ele precisa de um professor mediador de leitura. Contudo, desde o início do ano letivo, o colégio não dispõe do profissional, por isso, o filho está sendo prejudicado.
“Ele fica muito prejudicado porque ele não consegue fazer as coisas da escola sozinho, tem que ter alguém acompanhando ele”, disse.
A mãe afirmou que a escola pediu para que ela escrevesse uma solicitação para a Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed). Dias depois, descobriu que o documento havia sido arquivado pelo órgão do governo.
“Eu já estou correndo atrás, desde quando começaram as aulas, eu estou indo atrás na Secretaria de Educação. Aí mandaram lá na escola dele, eu fazer um documento escrito ao próprio punho, solicitando esse professor. Fiz o documento na escola dia 2 de fevereiro. Dia 16 fui atrás pra ver se já tinha alguma resposta. Na escola dele falaram que o documento estava na Secretaria de Educação. Fui na secretaria e o documento estava arquivado por um erro deles”, relatou.
Sem professor
Logo depois, a Seed informou à mãe de que não havia professores com especialidade de pedagogia para realizar o acompanhamento do aluno.
“Mas aí o que que eles falam? Eles não têm professor auxiliar. Que no caso teria que ser um professor com especialidade de pedagogia para poder fazer o acompanhamento dele na escola. Meu filho está sendo prejudicado. Porque ele tem muita dificuldade no aprendizado. Ele ainda não sabe ler direito. Ele não consegue me dizer as tarefas que ele tem pra fazer pra casa, trabalhos.”
De acordo com Nívia, ela já esteve na secretaria por mais de cinco vezes para saber o andamento do processo. Nesta quarta-feira (06) ela retornou ao local, e mais uma vez, a informaram da ausência de profissional.
“Falaram que não tem esse professor, que o documento dele já está no RH pra contratação. Porque esses professores pedagogos são muito antigos, já se aposentaram alguns já morreram.”
Como solução, segundo a mãe, a Seed afirmou que irá lançar um seletivo para a contratação dos professores especializados. Contudo, ela teme que com a demora, o filho seja ainda mais prejudicado.
“Ainda vão lançar um seletivo, todo aquele processo ‘enrolatório’ pra gente, é o que eles vão me falar que vão fazer. Mas não tem prazo de nada. Ou seja, meu filho cada dia que passa está sendo mais prejudicado na escola […] Eu sei que como eu, tem outros pais que estão passando pela mesma situação. Quando é pai e mãe interessado na vida escolar do filho, a gente tem que correr atrás”, afirmou.
Informações: Roraima em Tempo