Roraima é o pior Estado em registros estatísticos de violência do país, aponta levantamento

Anuário de Segurança Pública avaliou dados fornecidos pelas Secretarias de Segurança Pública ou de Defesa Social de todo o país

Roraima ficou na última posição na classificação dos Estados em registros estatísticos de mortes violentas no país. Os dados a seguir são Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022.

O anuário avaliou os dados fornecidos pelas Secretarias de Segurança Pública ou de Defesa Social de todos os estados brasileiros.

Dessa forma, Roraima ficou em 27º lugar na qualidade estimada dos registros estatísticos oficiais de Mortes Violentas Intencionais.

O primeiro lugar na categoria ficou com o estado nordestino de Alagoas que teve pontuação final de 91,34. Em segundo ficou Piauí com 91,31. Em seguida vem Pernambuco com 89,17. Na última posição, Roraima pontuou 48,67.

O relatório foi desenvolvido em parceria com o Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).

Transparência

O quesito pior avaliado pelo Fórum de Segurança Pública foi a transparência das informações em Roraima. Enquanto o Estado de São Paulo, na região Sudeste, pontuou 19,80 e ficou em primeiro lugar, Roraima pontou 2,25.

Indisponíveis

A baixa pontuação de Roraima no anuário se dá devido a indisponibilidade de informações. Dados sobre violência LGBTQI+ estão como indisponíveis.

Do mesmo modo é o caso do fornecimento de dados sobre pessoas desaparecidas e encontradas em Roraima. O quesito aparece no relatório como “Informação não disponível”. Logo em seguida, o anuário registra uma nota técnica.

“As informações sobre pessoas localizadas foram fornecidas pelas UFs. No entanto, não foi possível apurar como o registro é realizado: qual o documento de base (por exemplo, Boletim de Ocorrência); se diz respeito a pessoas localizadas vivas ou mortas; se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados; a que ano se refere o desaparecimento eventualmente antes reportado, ou seja, em que ano essa pessoa foi dada como desaparecida. Assim, os registros de pessoas localizadas no ano de 2020 e 2021 não correspondem necessariamente aos casos de pessoas desaparecidas registrados no mesmo”, diz a nota.

Informações: Roraima em Tempo