O líder social Faradilson Mesquita, é acusado de desviar recursos da Federação das Associações dos Moradores do Estado de Roraima (Famer), presidida por ele. A denúncia foi feita por um ex-membro do Conselho Fiscal da Federação, que alega que foi depositada a quantia de R$ 173mil e que o dinheiro foi desviado.
De acordo com João Batista, denunciante, o valor que consta no recibo apresentado pelo denunciante é referente à arrecadação de 692 participantes de um projeto residencial, cujo objetivo era a compra de uma área. Cada pessoa pagou R$ 250 num lote.
Segundo documento, o valor foi depositado na conta da referida Famer, mas as terras dos contribuintes nunca foram compradas. A espera pela entrega dos lotes já dura quase dois anos.
No comprovante de depósito consta o valor e a conta no nome da federação. João Batista afirma que Faradilson se apropriou do dinheiro e até o momento não deu qualquer satisfação das terras outrora compradas.
O denunciante disse ainda que as pessoas que depositaram os valores foram induzidas por Mesquita a entrarem em terras que o presidente anunciava ter comprado. No entanto, segundo ele, não passavam de falsas compras.
Houve três reintegrações de posse contra as pessoas que pagaram pelas partes. O denunciante e participantes do projeto se sentem prejudicados e enganados pelo presidente da Famer, segundo o conselheiro.
Acusado rebate – Faradilson Mesquita alega que as informações de João Batista não procedem e que ele tem solicitado a presença do denunciante à Federação para que preste conta a respeito do valor que não foi depositado. Isto é, ele disse nunca ter recebido os R$ 173 mil.
“Esse denunciante foi excluído da Famer. Ele e mais outro camarada eram ex-coordenadores da Famer. Agora eu estou entrando com uma queixa crime contra eles, porque o pessoal dele passou uma queixa contra ele e deu num total de mais de 200mil reais. Então, o pessoal passou o dinheiro para ele e ele não depositou na Famer”, se defendeu o presidente da entidade.
Ele continuou: “Ele [João Batista] dizia que na Famer tinha quatro mil pessoas inscritas e ele só tem como provar pela publicação que ele coloca cento e poucos mil que não foi só dele. Esse depósito foi no dia que nós fizemos uma festa no CTG, no dia 6 de outubro e esse depósito foi feito só por ele. Havia vários coordenadores. Juntamos tudo isso daí e fomos depositar na Caixa. Colocamos no nome dele, mas esse depósito é referente a todo mundo e não só ao pessoal dele”, relatou Faradilson Mesquita.
O presidente destacou que as suspeitas dos coordenadores da Famer é de que o denunciante se apropriou do dinheiro que recebeu das pessoas do projeto e realizou um desvio de mais de R$ 10 milhões da Federação junto com outro coordenador. Mesquita assegurou que vai entrar com uma ação contra João Batista para que esclareça um valor de R$ 500mil que não foi repassado à federação.
Informações: Roraima em Tempo