UFRR rejeita adesão ao programa Future-se, do Ministério da Educação

Entre os pontos citados pela UFRR para rejeitar o Future-se estão o impacto a autonomia autonomia universitária, o prazo curto para a análise do tema, além dos riscos de se vincular as instituições a “uma lógica mercadológica excludente" (Foto: Ascom/UFRR)
Entre os pontos citados pela UFRR para rejeitar o Future-se estão o impacto a autonomia autonomia universitária, o prazo curto para a análise do tema, além dos riscos de se vincular as instituições a “uma lógica mercadológica excludente” (Foto: Ascom/UFRR)

O Conselho Universitário (Cuni) da Universidade Federal de Roraima, órgão máximo da instituição, rejeitou, em nota divulgada nesta quarta-feira (14), o programa Future-se, do Ministério da Educação (MEC).

Na nota, publicada no site da UFRR, o Conselho decidiu, em reunião extraordinária realizada no dia 12 de agosto, se manifestar contrário por entender, que a minuta do programa não está detalhada.

“Está clara a ausência de políticas comprometidas com as premissas que constituem a universidade pública, apresentando, inclusive, falta de alinhamento com o Plano Nacional de Educação (2014-2024)”, pontua um trecho do documento.

Entre outros pontos citados pela UFRR para rejeitar o Future-se, estão o impacto a autonomia autonomia universitária, o prazo curto para a análise do tema, além dos riscos de se vincular as instituições a “uma lógica mercadológica excludente que desvincula a responsabilidade do estado”.

Em julho, o reitor da UFRR, professor Jefferson Fernandes, já havia comunicado que a instituição não teria condições de aderir ao programa porque ainda é jovem, de 30 anos, que ainda depende fortemente do recurso público para funcionar. A universidade possui um orçamento anual de R$ 235 milhões.

Future-se 

O Future-se é uma iniciativa proposta pelo MEC, com o objetivo de aumentar a autonomia administrativa das universidades federais. Como essas instituições sofrem com contingenciamentos e alegam que têm suas atividades prejudicadas com os bloqueios de orçamento, a solução apresentada pelo governo é firmar parcerias entre a União, as universidades e as organizações sociais.

Além disso, o Future-se também estimularia que as instituições captassem recursos próprios, que auxiliassem na sua manutenção.

O MEC reforça que não se trata de privatizar o ensino público, e sim de criar uma nova forma de financiá-lo. A cobrança de mensalidades em cursos de graduação, mestrado e doutorado está descartada, segundo o governo.

Informações: G1 Roraima