Pais de alunos da Escola Mario David Andreazza reclamam que filhos estão em ensino remoto desde o início da pandemia

Pais de alunos da Escola Mario David Andreazza reclamam que filhos estão em ensino remoto desde o início da pandemia
Fachada da Seed – Foto: Divulgação/Seed

Os pais dos alunos da Escola Estadual Mario David Andreazza denunciaram nessa terça-feira (31) para a rádio 93 FM, que a unidade está em ensino remoto desde o inicio da pandemia.

Segundo os relatos, os alunos estão sendo prejudicados pela má qualidade das aulas e falta de apoio escolar.

As aulas na rede estadual de ensino passaram por suspensão no ano de 2020, por conta da pandemia de covid-19. Desde então, a escola segue de forma remota.

Além disso, em fevereiro de 2022, a Secretária de Estado da Educação e Desportos (Seed) anunciou que 17 escolas continuariam com o ensino remoto. O motivo era que as mesmas não tinham estrutura suficiente para atender alunos e professores.

Denúncia dos pais

De acordo com o pai de um aluno, o Governo informou no ano passado que os alunos seriam transferidos para outro prédio, uma faculdade particular. No entanto, dois dias antes do início das aulas, eles receberam a notícia que não tinha previsão de retorno.

“Acabou as férias e o ano letivo se inicia dia 1 de fevereiro. Porém, chegou esse comunicado em cima da hora pra gente, avisando que não haverá aula e que o espaço não foi liberado. Fiz um questionamento em uma matéria e a secretaria lançou uma nota dizendo que o colégio iria voltar presencial, quando fosse pra esse espaço”, disse.

Do mesmo modo, o pai reforçou que a convivência com outras crianças e adolescentes é essencial para o desenvolvimento social. E que, enquanto o problema não é resolvido, o seu filho é prejudicado.

“Na prática é uma coisa e na teoria é outra. Não aprender na prática, que é a convivência, influencia no atraso da criança e adolescente. Socializar, ver como é o dia a dia, ter o contato com os professores, ter aquela convivência, não tem mais. Fica só online e acredito que isso atrapalha futuramente. São dois anos de atraso, até para entrar uma faculdade”, completou.

MPRR investiga

Importante destacar que no ano passado, Ministério Público de Roraima (MPRR) abriu um procedimento administrativo para investigar o não retorno das aulas presenciais na escola.

A portaria de instauração, assinada pelo promotor Lincoln Zaniolo, está publicada no Diário do órgão desta segunda-feira (16).

Citado

Conforme uma publicação da Governo de Roraima, a instituição de ensino permaneceu no formato remoto ao longo de 2022 por recomendação da secretaria de infraestrutura. Assim, a medida ocorreu em razão da precariedade da estrutura física da escola.

Dessa forma, informou ainda que a a escola, apesar de está fechada a três anos, ainda passará por uma obra de construção geral, com recursos do tesouro estadual.

Fonte: Rádio 93 FM