“Um crime”, afirma Romero Jucá sobre a crise na saúde de Roraima

<strong>“Um crime”, afirma Romero Jucá sobre a crise na saúde de Roraima</strong>
Romeo Jucá – Foto: Guilherme Moraes

O presidente do MDB-RR, Romero Jucá, concedeu entrevista nesta sexta-feira (3), ao programa Rádio Verdade, da 93 FM. Em sua fala, Romero Jucá afirmou que é um crime o que está acontecendo na saúde estadual.

Em uma fala cheia de indignação, o presidente do Time MDB RR, cobrou a atuação de parlamentares, dos órgãos de controle e da sociedade civil organizada. “O sonho de muitas mulheres é ser mãe. E hoje, o que vemos são mães perdendo a vida dentro de uma maternidade improvisada e que custa milhões. É um crime o que está acontecendo na saúde do Estado”.

Conforme dados divulgados pela imprensa nacional, em 2021, Roraima foi o Estado que registrou o maior índice de mortalidade materna no país. Segundo o Ministério da Saúde, a estatística é de 281,7 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.

Somente nos primeiros 37 dias deste ano, 28 bebês morreram na Maternidade. Desta forma, até o dia 31 de janeiro, a taxa de mortalidade no Estado era de 19,34%. Um valor superior ao que foi registrado no ano de 2022.

“Não é normal ver uma mãe gritando de dor no chão. Não dá pra aceitar que o Governo do Estado gaste R$ 13 milhões por ano para manter uma maternidade de lona enquanto faltam 12 tipos de antibióticos dentro da Unidade. Os profissionais não têm condições de trabalho e as mães não têm o atendimento que precisam. Então, a população está em risco. E as autoridades precisam se posicionar”.

Ministra da Saúde não visitou a Maternidade de RR

Os primeiros problemas registrados na Maternidade improvisada foram em junho de 2021, quando uma forte chuva alagou a unidade. Desde então, as denúncias sobre a falta de materiais e estrutura ficaram cada vez mais frequentes.

Em 2022, a Maternidade alagou por duas vezes seguidas e na mesma semana. Na época, o Ministério Público Estadual solicitou informações sobre a obra de reforma do prédio. Mas, nada avançou.

O Governo do Estado prorrogou o contrato de locação das tendas e ainda aumentou o valor. Hoje, a Maternidade improvisada custa cerca de R$ 13 milhões por ano. Ou seja, um pouco mais de R$ 1 milhão por mês.

Para Romero Jucá, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade deveria ter visitado a Maternidade. “A Ministra Nísia foi ao Hospital da Criança e elogiou muito o trabalho que é feito lá. Mas, é lamentável que ela não tenha ido na Maternidade improvisada que fica ao lado. A visita dela seria importante para buscar, junto ao Governo Federal, uma solução. Eu não tenho mandato. Portanto, a minha forma de ajudar é limitada a reclamar, a cobrar o apoio da bancada do MDB. Mas, as coisas não podem ficar do jeito que estão. As mulheres de Roraima têm direito a um parto seguro”.

Fonte: Da Redação