Cerca de 900 toneladas de alimentos são descartadas em aterro sanitário de Boa Vista após restrição de exportação na Venezuela; veja vídeo

Cerca de 900 toneladas de alimentos são descartadas em aterro sanitário de Boa Vista após restrição de exportação na Venezuela; veja vídeo
Descarte de alimentos no aterro sanitário – Foto: Caio Araújo

Empresários de Roraima iniciaram o descarte de 900 toneladas de alimentos no aterro sanitário de Boa Vista na manhã desta sexta-feira (16).

Os produtos estavam armazenados à espera de liberação para entrada na Venezuela, no entanto acabaram perdendo a validade. Dessa forma, ficaram impróprios para uso.

Cerca de 5 carretas carregadas com os gêneros alimentícios chegaram ao aterro na manhã de hoje. Confira as imagens do momento:

Imagens: Caio Araújo

Na manhã de hoje, o descarte foi de 140 toneladas de alimentos. Desse modo, cada carreta continha aproximadamente de 28 toneladas.

De acordo com informações, o descarte continuará neste sábado (17). Com resultado, chegará ao total de 900 toneladas.

Distribuição

Na manhã de hoje, uma empresa distribuiu 60 toneladas de salsichas para pessoas carentes na Praça do Centro Cívico em Boa Vista. Cada pessoa recebeu 5 quilos do produto.

A entrega começou por volta das 10h. Contudo, centenas de pessoas formavam filas no local desde as primeiras horas da manhã.

Protesto

A iniciativa ocorre em protesto à restrição da entrada de alimentos brasileiros na Venezuela. A situação se arrasta desde janeiro deste ano. O primeiro produto ‘boicotado’ foi a salsicha.

O deputado estadual Idazio da Perfil (MDB) relatou o problema em entrevista à Rádio FM 93, junto ao empresário Alan Oliveira, no dia 12 de junho. O parlamentar compõe a Comissão de Relações Fronteiriças, Mercosul, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

No dia 14 do corrente mês, empresários doaram 28,6 toneladas de alimentos em Pacaraima como forma de manifestação. Migrantes venezuelanos fizeram fila para receber os produtos.

Conforme os empresários, estima-se que o prejuízo às empresas já passou de R$ 20 milhões e pode chegar a R$ 45 milhões caso a exportação não seja liberada.

Fonte: Da Redação