Caso Jânio e Flávia: Ministério Público pede prisão preventiva de investigados por assassinato do casal de agricultores no Cantá

Caso Jânio e Flávia: Ministério Público pede prisão preventiva de investigados por assassinato do casal de agricultores no Cantá
Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci, casal que foi morto em disputa por terras no Cantá – Foto: Reprodução

O Ministério Público de Roraima pediu, no dia 5 de julho, a conversão da prisão de temporária para preventiva de quatro investigados pelo assassinato do casal de agricultores Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci, ocorrido no Cantá: Helton John Silva de Souza, Caio Porto, Johnny de Almeida Rodrigues e Deivys Jesus Mundarain Vegas.

Helton John, que é ex-segurança do governador Antonio Denarium (Progressistas), está preso desde o dia 10 de maio. Johnny de Almeida está em prisão domiciliar, enquanto o empresário Caio Porto e Deyvis Jesus estão foragidos com mandados em aberto.

Além de solicitar a conversão das prisões, o MP requer ainda que as informações fornecidas por Helton John no depoimento do dia 27 de junho sejam encaminhadas ao Tribunal de Justiça de Roraima. As declarações do policial envolvem suspeitas de envolvimento do comandante-geral da Polícia Militar, Miramilton Goiano e do governador do Estado. Entenda:

O crime

O crime aconteceu no dia 23 de abril e a suspeita é de que ele foi motivado por uma disputa de terras. Segundo investigação da Polícia Civil, dois suspeitos foram até a fazenda das vítimas, invadiram a residência deles e efetuaram disparos de arma de fogo contra o casal.

Um dos vizinhos da propriedade ouviu o barulho dos tiros e, logo em seguida, recebeu a ligação de um dos trabalhadores das vítimas pedindo socorro. Quando o homem chegou no local, encontrou Jânio ainda com vida, momento em que o agricultor disse a ele quem eram os suspeitos.

A testemunha chegou a levar as vítimas para o hospital, mas elas não resistiram aos ferimentos.

Ameaças

Após o crime, a Polícia Civil iniciou as investigações. Os agentes apuraram que a mesma testemunha que prestou socorro ao casal, também foi ameaçada por quatro homens no dia anterior.

A testemunha e o agricultor haviam combinado de fazer uma plantação de feijão numa parte da terra. Em uma segunda-feira, a testemunha olhava o local onde fariam a plantação. Momentos depois, chegaram quatro homens e um deles estava armado com uma pistola calibre 380.

“Eles foram na propriedade e encontraram a testemunha, que é um policial militar da reserva. Eles fizeram a ameaça afirmando que o casal havia invadido as terras deles e, logo depois, foram embora”, relatou o delegado titular.

De acordo com o relato da testemunha, que ainda chegou a conversar com o agricultor sobre as ameaças, este afirmou que a terra lhe pertencia e estava toda documentada.

Fonte: Da Redação