Números ajudam a dimensionar o tamanho da ausência de Casemiro para o clássico

Das grandes estrelas aos jogadores menos conhecidos, a Copa do Mundo é especial para qualquer um envolvido. Toda a mística e atenção destinada ao torneio é um momento único no futebol, que ainda pode representar uma oportunidade de salto para alguns talentos. O blog lista alguns exemplos de jovens com potencial de ‘mudar de tamanho’ durante o Mundial. 

Jude Bellingham (Inglaterra)

Com apenas 19 anos, o meio-campista já passou dos 100 jogos pelo Borussia Dortmund, time em que virou vice-campeão e ocupa o papel de principal jogador atualmente. Muito influente no campo inteiro, ele tem chamado atenção também nesta temporada por sua capacidade artilheira, somando nove gols e sendo o artilheiro do time na temporada – quem mais se aproxima é Youssoufa Moukoko, com seis.

Pela seleção inglesa, Bellingham estreou no fim de 2020 e totaliza 17 jogos, tendo sido reserva na Eurocopa e titular na Nations League. Assim, o meio-campista do Dortmund aumentou sua importância na seleção em 2022 e, embora já seja um nome consolidado no futebol europeu, uma boa Copa pode impulsionar ainda mais o seu crescimento, ainda mais com seu nome sendo ligado a Liverpool, Chelsea, Manchester United, Manchester City e Real Madrid.

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Ansu Fati (Espanha)

Não foi de graça que o atacante herdou a camisa 10 de Lionel Messi na temporada passada, após ter estreado pelo time principal em 2019-20 registrando 33 jogos, oito gols e uma assistência.  O começo com o 10 às costas em 2020-21 foi bem promissor, com cinco gols e duas assistências em dez jogos, mas uma lesão o tirou do restante da temporada e freou a sua ascensão. Esse, aliás, é o grande motivo para que o atacante de 20 anos chegue ao Mundial com apenas cinco jogos e dois gols pela seleção espanhola. 

Recuperado fisicamente, Ansu Fati esteve em campo em todas as 20 partidas do Barça na temporada. Agora, sua missão é ocupar o espaço na seleção espanhola que as lesões o impediram. E mais do que isso, o atacante oferece uma característica tão importante para a Espanha. Ele tem um bom ‘1 x 1’ que falta a um time que controla tanto territorialmente e muitas vezes peca na definição das jogadas.  

Ansu Fati durante partida da Espanha

Ansu Fati durante partida da Espanha Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images

Aurélien Tchouaméni (França

A temporada 22-23 prometia ser uma de transição e aprendizado ao volante de 22 anos. Apesar do alto investimento do Real Madrid, a ideia era que o volante, tão desejado na última janela, se preparasse para ser o substituto de Casemiro, enquanto na seleção francesa ele seria o candidato a formar a dupla que sucederia Kanté e Pogba. 

No entanto, a ida do brasileiro ao Manchester United e as lesões dos titulares da França acelerou o processo para Tchouaméni, que, com quase 100 partidas no currículo pelo Monaco e apenas 14 pela seleção, se viu com enorme responsabilidade para assumir. O bom início de trajetória em Madri pode ser potencializado com uma boa Copa do Mundo para o volante, que se destaca pela visão de jogo, qualidade no passe, além do poderio defensivo. 

Não havia dúvida que Tchouaméni já era um dos meio-campistas mais promissores do futebol europeu, mas sua transformação em titular de duas camisas enormes do esporte acabou se tornando mais rápida do que o imaginado. 

Cody Gakpo (Holanda

É de certa forma surpreendente que o atacante de 23 anos tenha chegado à Copa do Mundo como jogador do PSV, tendo em vista a enorme atenção que chamou seu futebol recentemente. Com mais de 150 jogos no currículo pelo clube de Eindhoven, ele deu um salto na última temporada, tendo somado 12 gols e 13 assistências em 27 jogos no Campeonato Holandês. Só que em 2022-23 o atacante tem se superado – e muito. São 13 gols e 17 assistências em apenas 24 partidas disputadas em todas as competições.

Os números impressionantes fazem o atacante ser um dos nomes de maior potencial no elenco da Holanda, seleção em que passou a ocupar mais espaço. Após ter sido reserva na Euro, o atleta do PSV atuou em cinco dos seis jogos da Nations, iniciando três deles e fazendo dois gols. 

Com enorme qualidade para a definição das jogadas, Gakpo também se destaca nos duelos individuais por sua habilidade e é um atleta versátil, podendo atuar como ponta ou centroavante. 

Enzo Fernández (Argentina

O volante argentino não tem nem seis meses de Europa e já se adaptou rapidamente ao time do Benfica, sendo titular em 24 das 25 partidas da equipe na temporada – a única que perdeu foi por suspensão. Líder do time em toques na bola (2526, mais de 500 toques a mais do que qualquer outro), terceiro em recuperações de bola (143, ficando dez atrás do líder), quarto em chances criadas (35) e autor de três gols e quatro assistências: as estatísticas mostram como o atleta se tornou muito influente no time de Roger Schmidt, defensiva e ofensivamente. 

Com apenas 21 anos, Enzo é o segundo mais novo do elenco argentino e tem apenas três jogos pela seleção principal (todos saindo do banco), sendo um deles o amistoso contra os Emirados Árabes nesta semana. Apesar disso, ele já tem pedido passagem na seleção e pode ser uma peça importante em um time que perdeu o titular Giovani Lo Celso por lesão.

 Jamal Musiala (Alemanha)

 Em sua terceira temporada atuando regularmente pelo Bayern de Munique, o meia de 19 anos acabou de se tornar o mais jovem da história do clube a completar 100 partidas na era Bundesliga. Cada vez mais importante e jogando mais como titular do que reserva, Musiala registra 12 gols e nove assistências em 21 jogos na temporada pelo Bayern, superando os oito gols e cinco assistências da temporada passada inteira. 

Além do seu talento, o meia central se destaca pela versatilidade, podendo atuar pelos lados ou mais recuado. Porém, a tendência é que ele não fuja da sua posição de origem na Copa pela Alemanha, seleção na qual soma 17 jogos – 12 deles foram sob o comando de Hansi Flick (seis como titular).  Até porque há certa dúvida sobre a condição física de Thomas Müller, que não joga uma partida inteira desde o fim de setembro.

O talento e a precocidade de Musiala são ainda evidenciados pelo fato de ele ter se tornado na última Eurocopano jogador mais novo da história da seleção germânica a ter participado de um grande torneio. Além disso, ele ainda possui o posto de segundo mais jovem a ter marcado pela Mannschaft. 

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