A ESPN teve acesso ao teor do conteúdo do primeiro depoimento de Amanda Nunes, ex-namorada que registrou Boletim de Ocorrência contra Pedrinho, jogador do São Paulo, por violência doméstica, ameaça, injúria e lesão corporal.
Alerta de gatilho: o texto a seguir contém declarações fortes.
O depoimento foi registrado no dia 27 de fevereiro. Vale lembrar que Amanda Nunes depôs mais uma vez nessa semana que confirmou tudo que havia dito na primeira data.
Amanda diz que Pedrinho começou a ficar violento após seis meses de relacionamento (eles estavam há quatro anos juntos). Eles chegaram a se separar no ano passado, mas reataram após três meses. As agressões, porém, também voltaram. Ela relata que o jogador “explodia” sem motivos e que havia puxões de cabelo e socos.
O pior aconteceu justamente no dia em que o Boletim foi registrado.
Os dois estavam juntos quando Pedrinho “estourou”, jogou o celular em Amanda, atirou as maquiagens dela no chão e a bolsa no lixo. O próprio atleta teria terminado o relacionamento entre eles e ido embora.
Horas depois, porém, Pedrinho se arrependeu e chamou Amanda para jantar. Ela pediu que novas maquiagens fossem compradas e ele novamente explodiu.
Pedrinho teria começado a xingá-la, a chamou de prostituta e chegou até a ameaçá-la de morte. Segundo o depoimento, o jogador teria dito que a mataria e daria um sumiço nela sem ninguém ficar sabendo se ela relatasse o que aconteceu para alguém.
Depois disso, o atleta ainda teria dado socos e tapas no rosto e nas costas, além de puxar o cabelo da namorada. Ele ainda a teria levado a um estacionamento para tentar ter relações sexuais. Com a negativa, voltou a agredi-la.
Amanda conseguiu fugir e começou a voltar para casa a pé. Pedrinho a seguiu, disse ter falado com a mãe da menina e a convenceu a levá-la para casa. A menina aceitou a carona.
Naquela madrugada, porém, ela decidiu ir até a delegacia e dar esse depoimento. Amanda afirma que não há testemunhas diretas ou indiretas dessa agressão. As marcas no corpo dela, porém, condiziam com o que ela descrevia.
Além das agressões Amanda também quer denunciar Pedrinho por injúria e ameaça de morte.
Ao saber dos acontecimentos, o São Paulo divulgou uma nota oficial em que diz que “não aceita qualquer tipo de agressão contra a mulher”.
Logo em seguida, Pedrinho pediu afastamento do clube e não foi relacionado para o jogo do último final de semana.
O caso é investigado agora pela Delegacia da Mulher, que deve ouvir primeiro Amanda Nunes, a vítima, e depois pegar o depoimento de Pedrinho. Até lá, o jogador seguirá sem jogar pelo clube.
A ESPN entrou em contato com a assessoria do atleta, que disse que ele não falará nesse momento, antes de ir à delegacia prestar o seu depoimento.
