Palmeiras ‘não é rico’, reforços, Fla, papo com Abel e São Paulo no Allianz: Leila abre o jogo à ESPN no Dia Internacional da Mulher

Leila Pereira foi a convidada do SportsCenter mais do que especial desta quarta-feira (8). No Dia Internacional da Mulher, a bancada 100% feminina recebeu no estúdio dos Canais Disney a presidente do Palmeiras, que abriu o jogo sobre diversos assuntos relacionados aos times masculino e feminino do Verdão.

Durante o programa, a mandatária palmeirense foi homenageada por conta da data especial, mas também precisou falar sobre assuntos quentes como a ausência de contratações em 2023, a situação financeira e econômica do clube, a rivalidade com o Flamengo, além de explicar como é a relação com Abel Ferreira para definir os rumos do futebol alviverde.

Ainda no SC, Leila foi questionada a respeito do polêmico acordo realizado com o São Paulo, que permitirá que o Tricolor atue como mandante, com presença de seus torcedores, em pleno Allianz Parque neste mata-mata do Campeonato Paulista. O fato tem gerado revolta de boa parte dos palmeirenses.

Confira abaixo os principais temas da entrevista e os trechos em vídeo:

Reforços no Palmeiras

Leila Pereira foi questionada a respeito da ausência de reforços do Palmeiras para 2023. Até o momento, o clube não contratou nenhum único nome no mercado de transferências. Mas, mesmo com as fortes cobranças de grande parte da torcida, a mandatária mais uma vez disse que haverá novas contratações e explicou qual o processo utilizado pelo clube.

“Claro que sim [haverá reforços]. Tenho a certeza de que precisamos de reforços por causa dessa quantidade de jogos. Mas eu tenho que ter tranquilidade. O jogador é um investimento muito alto. Se eu não tiver os pés no chão, se ficar ouvindo comentários… eu tenho que me reunir com a minha equipe e decidir o que é melhor para o Palmeiras. É o que eu faço. Se não o que acontece? Isso pode ser um ciclo vicioso”.

“Estamos em negociação com alguns jogadores. Estamos sempre atento às boas oportunidades. Temos várias conversas. Não vou abrir porque eu fico com problema em relação valores. Eu não vou fazer loucuras. Se eu sei que vale X, eu não vou pagar 5X. Não vou fazer leilão. Temos um elenco extremamente competitivo, vencedor, um técnico muito capaz. Vou seguir nessa linha, com muita responsabilidade”.

Conversas do Palmeiras com Allan, do Atlético-MG

“Sobre o Allan, houve uma conversa. Vou ser extremante sincera. Como nós contratamos um jogador. Nosso treinador diz o que precisa, um perfil, e nós temos um departamento que vai ao mercado buscar. E que nos apresenta oito, dez nomes. Quem escolhe é o treinador junto com o diretor de futebol”.

“Eu entro na parte financeira. Mas quando profissional escolhe esse jogador, ele sabe qual é o perfil e o limite [financeiro] que a gente pode pagar. Escolhemos e vamos fazer os contatos. Com relação a esse jogador do Atlético-MG, nós fomos procurados e nós temos interesse. Mas eu também respeito a vontade do outro clube. Se não chegamos a um acordo, o que eu posso fazer?”.

São Paulo no Allianz Parque

Leila Pereira explicou durante entrevista no SportsCenter que não vê sentido em não deixar o São Paulo utilizar o Allianz Parque para o mata-mata do Campeonato Paulista mesmo com grandes críticas de comerciantes ao redor do estádio, parte da torcida e até mesmo conselheiros.

“Quando nós jogamos com o Santos no Morumbi, nosso departamento de futebol nos consultou e nós tínhamos algumas opções fora de São Paulo. Eles me consultaram e disseram: ‘Leila, o departamento de futebol prefere no Morumbi. Mas eu acho que você vai ter problema, muita polêmica’”.

“Eu fiz a seguinte pergunta: ‘O que é melhor par ao futebol?’. E responderam: ‘jogar no Morumbi’. Entrei em contato com o presidente Casares para saber da possibilidade. Ele disse: ‘Leila, não tem problema nenhum. Vocês podem jogar aqui. Mas nós se precisarmos jogar no Allianz Parque, OK para vocês?’. Foi uma reciprocidade”.

“Cabe ao presidente de um clube como o Palmeiras não fomentar violência. Eu quero ver dentro do estádio mulher, criança, família indo celebrar nosso time. Não quero ver barbárie, não vou fomentar isso jamais. Somos rivais dentro de campo”.

“Fora de campo, nós, dirigentes, vamos fomentar o espetáculo, lutar pelo futebol. Tenho certeza absoluta que essa é a posição do presidente Casares. O mesmo problema que eu tenho, pode ter certeza que ele teve”.

”Palmeiras não é rico”

Apesar de contar com uma saúde financeira estável e de ser um dos clubes mais vitoriosos do Brasil e da América do Sul nos últimos anos, o Palmeiras, segundo Leila Pereira, ‘não é rico, mas equilibrado’.

“Nós estamos equilibrados, não ricos. No futebol o investimento é altíssimo para ter um time com uma performance como o Palmeiras tem. Nossos jogadores, nossa comissão técnica. Eles são as estrelas que dão resultado, que conquistam títulos, e têm que ser bem remunerados”.

Flamengo é o maior rival do Palmeiras?

Questionada sobre a relação com o Flamengo no campo da rivalidade e nos bastidores, Leila Pereira explicou que tem grande relação com o presidente Rodolfo Landim e reiterou que o Palmeiras que é ‘ganhar de todo mundo’.

“Nos bastidores, o Palmeiras e todos os presidentes se dão. Todos nos tratamos de uma forma muito respeitosa. Em questão de rivalidade, o Palmeiras que ganhar de todo mundo. Eu gosto de grandes jogos, grandes espetáculos. Como aquele que nós fizemos em Brasília, ou quando fomos campeões paulistas. É por isso que lutamos, não por rivalidades absurdas e violentas”.

Histórico de Leila Pereira no Palmeiras

À frente da Crefisa e da FAM, Leila Pereira tem relação com o Palmeiras desde 2015, quando suas empresas iniciaram o processo de patrocinadores másters do Alviverde. Sete anos depois, a empresária alcançou o posto de presidente do clube, e teve um primeiro ano marcado por novas conquistas.

Em pouco menos de 12 meses, Leila levou o Palmeiras aos títulos da Recopa Sul-Americana, do Campeonato Paulista e do Campeonato Brasileiro. Agora, em 2023, a mandatária tem o desafio de manter o Verdão no ‘caminho certo’ e seguir erguendo troféus, algo que o Alviverde mantém desde 2020. O time começou conquistando a Supercopa do Brasil contra o Flamengo.

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