De repente, 1 milhão: Número de casos de Covid-19 acelera e tendência é piorar, diz especialista.

Em uma live transmitida no Youtube, o biólogo virologista Átila Lamarino afirmou que apenas três meses foram necessários para o mundo chegar a 100 mil casos de infectados pelo novo coronavírus. Ele reafirmou a necessidade do isolamento social como forma de diminuir a infestação e reduzir os casos no país.

Segundo Lamarino, no fim do mês de março e início de abril, o número de casos ultrapassou a barreira de 1 milhão e agora, a margem é de cerca de 100 mil casos por dia. “Isso é o poder de um crescimento exponencial. Aquele crescimento lento que a gente viu no início começa a ganhar velocidade e isso é preocupante”.

O virologista citou o caso dos Estados Unidos, que se tornou o país com o maior número de casos de Covid-19, com cerca de 300 mil infectados e somando mais de 10 mil mortes. Ele destacou que o Brasil foi “poupado” no início da pandemia por não receber tantos viajantes vindos do exterior, o que deu tempo às autoridades do país se prepararem, ao observarem o que estava acontecendo fora.

A desvantagem, segundo Lamarino, é que a maioria dos países, no início, saiu em busca de material para fazer os testes de Covid-19 e equipamentos de proteção individual (EPI) para distribuir aos profissionais de saúde. E somente agora é que o Brasil está se mobilizando para essas questões.

“O Brasil já deve começar a produzir seu próprio material de proteção, se possível. Há fábricas sendo convertidas para a produção de máscaras. Vários voluntários também contribuindo para a produção desse material e é nesse caminho que nós temos que seguir”.

Como tem ressaltado em todos os seus vídeos, o virologista defende que as autoridades do país devem manter as políticas de isolamento social para evitar não apenas o contágio como também o colapso na rede pública de saúde, por conta do baixo número de equipamentos de proteção individual, leitos hospitalares e medicamentos.

“O isolamento social é a melhor coisa que nós podemos fazer para reduzir os números desse surto. A essa altura, ficar em casa, é garantir que vai ter uma menor demanda de atendimento na rede pública por problemas de saúde. E assim, os equipamentos de proteção, que são escassos, poderão ser utilizados pelos profissionais e pelas pessoas que mais precisam”.

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