Justiça marca audiência para ouvir testemunhas em ação que investiga Yonny Pedroso

A Justiça Federal de Roraima marcou a audiência de instrução e julgamento no processo que investiga a deputada estadual Yonny Pedroso por desvio de verbas do transporte escolar. Nesta fase da ação, as testemunhas são ouvidas.

Conforme decisão do juiz Helder Girão, publicada nesta terça-feira (22), os depoimentos serão prestados no dia 7 de outubro, a partir das 9h. O magistrado já tinha marcado para ouvir as testemunhas em março, porém, devido à pandemia de coronavírus, a audiência foi cancelada.

Yonny e o esposo, José Walace Barbosa, foram presos na Operação Zaragata, da Polícia Federal (PF), deflagrada em dezembro de 2018. Os desvios chegam a R$ 50 milhões, além de cobrança de propina nos serviços de transporte. As investigações apontam que a finalidade foi financiar a campanha da parlamentar.

Segundo a acusação, a empresa Diamont Turs Logística e Transportes Ldta venceu um contrato emergencial para cobrir a rota de transporte escolar. Contudo, o serviço não foi prestado e servia como condução de eleitores no dia do pleito. José Walace é dono da empresa e ficou foragido durante um mês até ser preso em São Paulo.

INTERROGATÓRIO

O interrogatório da deputada à Polícia Federal (PF), em dezembro de 2018, mostra que ela disse já ter feito parte das empresas investigadas, mas não se recordava do valor das participações dela nas ações da companhia.

Ela afirmou ainda que não participava da administração das empresas e não podia confirmar “se houve conluio para apresentação de preços combinados”, como também não soube “informar sobre a Diamond ter fraudado as propostas de preço”.

Questionada sobre um saque de R$ 450 mil na conta de uma das companhias, Yonny disse que foi para pagar funcionários. José Walace havia solicitado que ela providenciasse o montante.

POSSE

Para tomar posse na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), a deputada chegou a usar tornozeleira eletrônica. À época, ela se declarou inocente e ponderou que as investigações estavam em andamento.

Já em abril deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) cassou o mandato da parlamentar por compra de votos e abuso de poder econômico. Contudo, ela pode recorrer da decisão no cargo.

Informações: Roraima em Tempo – Foto: Arquivo Pessoal