Ex-servidores da Área de Proteção e Cuidados (APC), o Hospital de Campanha, voltaram a denunciar, nessa terça-feira (22), que não receberam o adicional noturno e insalubridade, além de dois meses de salários, após quebra de contratos com o Governo do Estado por parte da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
De acordo com um servidor, que não quis ser identificado, desde que começaram a trabalhar ainda não receberam os benefícios. Ele afirmou também que o contrato de serviço deveria durar seis meses, mas a Secretaria alegou que a categoria não tem direito aos salários do período do rompimento, por não terem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
“Antes, éramos médicos, pois eles precisavam da gente. Agora que não precisam mais, não somos nada. Justificam que não temos direitos por não termos CRM. Fui contratado, bem tratado pela Operação Acolhida, mas a parte administrativa do Governo não fez o mesmo”, criticou o profissional.
Ainda segundo o médico, devido à falta de pagamentos, por parte da Secretaria de Saúde, ele e outros profissionais estão trabalhando como motoristas de aplicativo para pagar as contas de casa.
“Resolvemos trabalhar como motoristas para poder pagar nossas dívidas. Contávamos com este dinheiro. É um direito nosso como trabalhador”, enfatizou o médico.
RELEMBRE
Esta não é a primeira vez que a categoria denuncia o caso. Em outubro, os profissionais também reivindicaram o pagamento dos benefícios. À época, um deles explicou o caso à reportagem e pediu ao governo que pagasse os salários dos profissionais.
Em nota, no dia 29 do mesmo mês, a Sesau afirmou que os valores referentes ao adicional de insalubridade estavam sendo pagos regularmente e que o encerramento do contrato foi feito devido à devolução dos profissionais pela APC e em cumprimento à decisão judicial do Tribunal Regional Federal. Ela alegou ainda que a categoria não tem direito aos salários do período do rompimento.
Nessa terça-feira, a reportagem entrou em contato com a Pasta para esclarecimento do caso.
APC
No dia 4 deste mês, a Operação Acolhida encerrou as atividades na APC e entrega, ainda em dezembro, a estrutura ao Governo de Roraima, que passa a gerenciar o espaço.
Informações: Roraima em Tempo – Foto: Patrick Soares