Quem chegou a Roraima a pouco tempo, com certeza, não entendeu nada daquela cena patética mas reveladora de 12 vereadores eleitos e reeleitos de Boa Vista num quarto de hotel, falando em “independência” quando todos ali se colocaram à disposição dos caprichos do presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, que passou o cartão de débito e adquiriu um combo completo para tentar eleger o novo Otaci, presidente da Câmara de Vereadores.
Mas quem conhece o funcionamento per pay view da política, não estranhou nada. É de praxe esse estilo jalseano de malocar deputados e vereadores em hotéis, onde ficam incomunicáveis até a hora de votarem para o elegerem presidente ou, como agora, algum preposto seu.
Se o Ministério Público Estadual tiver a curiosidade, poderá investigar o porquê desses vereadores se hospedarem no mesmo hotel, dispostos a passarem juntos a virada de ano dessa forma obediente, para não dizer outra coisa. Além de saber quem pagou a conta dessa acomodação toda, porque o motivo, até as pedras soltas que sobraram do Beiral, sabem. Assim como também sabem a origem de todo dinheiro para essa finalidade.
Qual o motivo dos “independentes se isolarem incomunicáveis até a hora de votação para Mesa Diretora da Câmara?
Esses vereadores não são “independentes”, então, por que se sujeitam a esse estilo jalseano de operar?
O eleitor de Boa Vista votou e elegeu 23 vereadores para trabalharem para a população e para melhorias no município. Mas essa galera aí, hospedada em hotel, se elegeu para atender seus interesses de independência. Independência financeira?
