Governo quer leiloar imóveis públicos sem destinação

O antigo Shopping Boa Vista, na avenida Capitão Júlio Bezerra, pode ser um dos imóveis leiloados

Nesta quinta-feira, 25, o Governo de Roraima fez uma reunião entre procuradores e secretários estaduais para discutir a possibilidade de promover leilões de alguns imóveis pertencentes ao Executivo estadual localizados em Boa Vista, Manaus (AM) e Belém (PA).

A identificação e destinação apropriada desses bens imóveis são, segundo o governo, finalidades específicas dadas para o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Gestão Estratégica e Administração (Segad), Antônio Leocádio Vasconcelos, desde que tomou posse, em junho do ano passado.

O secretário-adjunto enfatiza que vários imóveis que estão há anos sem qualquer destinação pública serão levados a leilão brevemente, pois é patrimônio público se acabando com o tempo.  Por lei, os valores auferidos com esses leilões serão revertidos em reformas de outros prédios.

“Não faz sentido o governo manter esses imóveis se deteriorando com o tempo, sem nenhuma destinação útil. São centenas de imóveis em situação irregular. Muitos estavam indisponíveis por decisão judicial e, se não houvesse a determinação do governador para retomá-los e dar-lhes destinação apropriada, estariam perdidos para sempre”, diz Leocádio.

Ainda de acordo com Vasconcelos, já existem processos de licitação para reformar antigos prédios do estado. Neste sentido, algumas secretarias do governo de Roraima —e ironicamente, a própria Segad— funcionam em prédios alugados, o que gerava, até o ano passado, uma despesa anual de quase R$ 2 milhões.

É o caso, por exemplo, do Shopping Boa Vista, na avenida Capitão Júlio Bezerra; da antiga sede da Segad, na rua Major Manoel Corrêa (este prédio foi abandonado há mais de 15 anos e atualmente a Segad aluga um prédio particular, o que gera gasto para o cofre público); da Secretaria de Educação, na Praça do Centro Cívico —que sofreu um incêndio recente e servia como alojamento informal de imigrantes, até ser totalmente demolido—; e do Palácio Latife Salomão, na avenida Capitão Ene Garcês —este último atualmente funciona como um abrigo da Operação Acolhida.

Informações: Correio do Lavrado