Com a mobilidade reduzida, devido estar com uma das pernas quebrada, uma moradora de Cantá, interior de Roraima, precisou andar alguns metros embaixo de chuva para entrar no Hospital Coronel Mota, em Boa Vista, e conseguir atendimento. A manobra só foi necessária, porque a porta de acesso à unidade de saúde estava fechada.
A situação causou revolta no marido da paciente e em outras pessoas que aguardavam atendimento. O homem e denunciou a restrição de acesso ao hospital em dias de chuva, pois, segundo ele, é um dia atípico e pode prejudicar ainda mais o tratamento de saúde do paciente.
O casal veio do Cantá na manhã desta terça-feira (11), para fazer uma consulta, uma vez que a mulher quebrou a perna, fez uma cirurgia e precisava voltar ao médico, para companhamento. O marido da paciente relatou que pediu ao motorista do ônibus para parar na porta próxima à Avenida Capitão Júlio Bezerra.
O pedido foi feito devido à mulher estar com dificuldade para se locomover. “A minha esposa está quase dois meses com a perna operada. Chegamos aqui, está chovendo e me dizem que a entrada é lá pela frente, há quase 40 metros de distância. Isso não é certo”, criticou. Segundo ele, somente a porta principal estava aberta.
Ele comentou que, além do trajeto ser mais distante, mais pessoas estavam aglomeradas na entrada da unidade. O hospital possui diversas entradas e mesmo com a pandemia, algumas delas permanecem trancadas, impedindo a circulação do ar.
“Estamos em uma época de pandemia, o certo é que estivesse tudo aberto, ao ar livre. Eu acho um absurdo, a minha mulher sentada, eu com o dedo decepado e não aparece ninguém da administração para organizar os pacientes”, completou o denunciante.
OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para saber o motivo da porta estar fechada e que medidas podem ser adotadas para melhorar a locomoção dos pacientes que precisam de atendimento no Hospital Coronel Mota.
Em nota, a pasta informou que as medidas foram adotadas conforme protocolos de segurança, para controlar o fluxo de pessoas, evitar aglomerações, garantir a segurança da população e evitar contágio pela Covid-19.
“Nesse sentido, a Direção da Unidade esclarece que estão mantidas duas entradas de acesso, com plena acessibilidade para portadores de necessidades”, esclareceu a secretaria.
Além disso, informou que as entradas são divididas conforme demanda de atendimento. “A entrada em frente à Rua Coronel Pinto, atende exclusivamente a pacientes que vão marcar consulta, já a outra entrada, que fica na Avenida Ville Roy, é exclusiva para os pacientes com consulta marcada, que vão diretamente para o atendimento”, explicou.
Informações: FolhaBV