Mulher aguarda há seis meses na fila por cirurgia para retirada de tumor no HGR

A esteticista de animais Monique da Silva, de 36 anos, espera na fila de cirurgia do Hospital Geral de Roraima (HGR) há vários meses por cirurgia para retirada de tumor. A paciente recebeu o diagnóstico de lipoma de gordura há três anos, mas só há seis meses entrou na fila do HGR.

Desse modo, cansada de esperar resposta da saúde, fez a denúncia na manhã desta quinta-feira (25).

Há cerca de três anos, ao perceber um inchaço nas costas, Monique foi até um posto de saúde. Após consultas e exames, o médico deu o diagnóstico e afirmou que o inchaço não cresceria.

Por outro lado, nos últimos anos o lipoma dobrou de tamanho e começou a doer, o que causou desconforto e preocupação. Com isso, a esteticista procurou o HGR, e há seis meses entrou na fila de cirurgia.

Desacreditada com o sistema público de saúde, ela chegou a procurar a cirurgia particular, que de acordo com a paciente, está estimada em R$ 7 mil. Por não ter condições de custear o procedimento, ela aguarda o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Dificuldades causadas pelo lipoma
A demora no atendimento resulta em uma série de dificuldades no cotidiano da esteticista. A paciente, que trabalha com banho e tosa, sente muitas dores nos braços, o que dificulta a realização dos trabalhos.

Da mesma forma, Monique relatou dificuldade para dormir, por só conseguir deitar em uma posição. A paciente sempre acorda com dores, por se mexer enquanto dorme e acabar deitando por cima do inchaço.

Por fim, a denunciante afirma que seu psicológico também está afetado pela doença. Ela relata constante preocupação e medo do que pode acontecer, caso não seja tratado logo. Diariamente a paciente toma remédios para dor, afim de diminuir o desconforto.

Revolta

“A sensação é de revolta, muita revolta, por que uma fila que todo mundo diz que está andando rápido, que o governo fala na TV que está andando rápido, que fez não sei quantas cirurgias, e por que a minha não chega?”, questionou a denunciante.

Nesse sentido, limitada para o trabalho, a mulher faz um apelo para chamar a atenção do serviço público de saúde.

“A gente precisa trabalhar! Eu não estou pedindo nada, só estou pedindo o básico, a saúde. Não estou pedindo dinheiro, não estou pedindo rancho, eu não estou pedindo nada, só quero a saúde para eu trabalhar e sustentar minha família”, finalizou.

Citado

A redação procurou o governo do estado para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a última edição desta reportagem.

Informações: Roraima em Tempo