Alan do Povão (PRB), suplente que assumiu o cargo de Wagner Feitosa em janeiro deste ano, afirmou que vai recorrer da decisão que reconduziu o vereador ao cargo na tarde desta quinta-feira (27). Em entrevista ao Roraima em Tempo, classificou a volta de Feitosa como uma “manobra política”.
Ele disse não ter recebido nenhuma informação oficial da Casa sobre a saída dele do cargo. Com isso, aguarda posicionamento do Poder Legislativo. Segundo Alan, a situação foi uma surpresa. “Não recebi nada, nenhum documento no meu gabinete. Fizeram tudo rápido pelo interesse deles. Vamos recorrer”, criticou.
Em defesa, o suplente argumentou que o Regimento Interno da Casa não permite afastamento de parlamentar por mais de 120 dias. De acordo com Alan, Wagner Feitosa tem 500 faltas, o que impede o retorno à Câmara. Por fim, justificou que aguarda os trâmites legais para tomar as devidas providências.
RETALIAÇÕES
O político relatou à reportagem que durante os cinco meses em que permaneceu na Câmara de Boa Vista teve dificuldades para apresentar propostas. Além disso, afirmou ter se sentido perseguido por outros vereadores.
“Eram 20 vereadores contra mim e eu era sozinho. Passei humilhação dentro da Casa. Nenhum projeto meu era aprovado. Falaram que nada meu ia ser passado. Eu era muito rejeitado e tratado com indiferença, e que iam me tirar de lá”, revelou.
OUTRO LADO
O presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Mauricélio Fernandes (MDB), em conversa por telefone, repudiou as acusações de perseguição do suplente e negou que os projetos apresentados tenham sido negados.
“Ele tem que demonstrar a data em que deu entrada nos projetos e requerimentos e o que ocorreu. Quem aprova não é o presidente e sim os vereadores. Não sei se ele apresentou algum projeto ou requerimento, este é aprovado no ato da sessão e não tem como impedir de ser votado. O Alan do Povão teve todas as mesmas prorrogativas dos 21 vereadores”, justificou à reportagem.
Informações – Roraima Em Tempo