Em um grupo do aplicativo de mensagens Whatsapp, um contato que possui número de telefone de Los Angeles, Califórnia, compartilhou uma notícia local contendo ataques direcionados a Teresa Surita e Romero Jucá, pré-candidatos ao Governo de Roraima e ao Senado, respectivamente.
A postagem sugere, com uso das chamadas “figurinhas”, inverdades a respeito das intenções de ambos os políticos. O uso de números internacionais configura-se como uma tática para evitar o rastreamento e dificultar investigações, o que dá plena “liberdade” aos autores de crimes cibernéticos.
Teresa, uma das principais vítimas das fake news em Roraima, tem repudiado constantemente a prática por parte de pessoas incapazes de ingressar no debate público por meio de argumentos e fatos, em vez de factoides. “Eu conto com vocês para a gente acabar com esse ciclo. Vamos sempre combater esse mal com a verdade”, disse, recentemente.
Constantemente, blogueiros e outras pessoas ligadas ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) compartilham ataques e fake news contra candidatos do MDB. Recentemente, o ativista político e servidor da ALE-RR, Faradilson Mesquita, criou uma fake news contra Teresa Surita afirmando que a mesma estava caindo nas pesquisas eleitorais e que concorreria ao Senado.
Em outro caso, um contato identificado como “Setrabes” compartilhou notícia falsa Teresa Surita, sugerindo uma aliança política entre ela e o ex-presidente da ALE-RR, Jalser Renier. Tratava-se de uma servidora pública, lotada na Secretaria do Trabalho e do Bem-Estar Social
Vale lembrar que há um projeto de lei (PL 2630/20) que visa punir quem divulgar notícias falsas. Foi aprovado pelo Senado em 2020 e desde então está em tramitação na Câmara dos Deputados, tendo passado por diversas modificações. Além disso, A Lei Federal n°13.834/19, que prevê pena de dois a oito anos de prisão, além de multa, para quem fizer denúncia falsa com finalidade eleitoral.